62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
EFEITOS DO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE GIRASSOL (Helianthus annuus L.)
Yugo Lima Melo 1
Juliana Ribeiro da Cunha 1
Diego de Lima Freire 1
Kalinne Cris Silva de Asevedo 1
Cristiane Elizabeth Costa de Macêdo 2
Josemir Moura Maia 3
1. Depto.de Biologia Celular e Genética - UFRN
2. Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Biologia Celular e Genética - UFRN
3. Prof. Dr./Orientador - Depto.de Biologia Celular e Genética - UFRN
INTRODUÇÃO:
O girassol (Helianthus annuus L.) é uma espécie da família Asteraceae de grande potencial para a obtenção de óleos, incluindo os de interesses voltados para a produção de biocombustíveis. Visando a obtenção de mudas de girassol em larga escala para a produção de biodiesel no semi-árido nordestino, é necessário que sejam feitos estudos, avaliando os efeitos do sal e da seca na germinação da referida espécie. O semi-árido apresenta uma área potencial de irrigação estimada em 6 milhões de hectares onde 25% dos perímetros irrigados existentes estão salinizados. Com o intuito de se obter uma germinação mais acelerada e uniforme de plântulas no campo, comumente são utilizadas sementes osmocondicionadas, ou seja, sementes hidratadas em solução osmótica de compostos quimicamente inertes. Sendo assim, esse trabalho objetivou analisar os efeitos do condicionamento osmótico de sementes de girassol em NaCl, simulando um estresse salino, e em polietilenoglicol (PEG), simulando um déficit hídrico.
METODOLOGIA:
Sementes de Helianthus annuus L. cv. Catissol 01, cedidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), foram utilizadas neste trabalho. As mesmas foram distribuídas em cinco pré-tratamentos de embebição: controle (água destilada), NaCl moderado (50 mM), NaCl severo (100 mM), PEG moderado (-0,220 MPa) e PEG severo (-0,450 MPa). As sementes permaneceram em embebição durante 30 minutos e foram colocadas em rolos de papel toalha umedecidos com água destilada. Para cada pré-tratamento de osmocondicionamento foram utilizados três rolos contendo 10 sementes cada, formando um cartucho. Os cartuchos foram vedados mantendo uma umidade aproximada de 80% e colocados em câmara de germinação (BOD). Diariamente foi avaliado o número de sementes germinadas e computado o dia de germinação após o semeio (IVG). Ao final de dez dias, as plântulas foram divididas em duas partes, cotilédones e eixo hipocótilo-radícula, das quais foram aferidas as massas fresca e seca para o cálculo da taxa de umidade.
RESULTADOS:
Para a maioria dos parâmetros avaliados, tais como taxa de germinação, comprimento do eixo hipocótilo-radícula, índice de velocidade de germinação (IVG) e taxa de umidade, não houve diferença significativa entre os pré-tratamentos. As médias gerais para esses parâmetros foram de 76%, 54,1 mm, 2,45 e 86,84%, respectivamente. Analisando os resultados referentes à massa fresca e à massa seca, pode-se observar que as sementes submetidas aos pré-tratamentos de osmocondicionamento deram origem a plântulas com mais massa em relação às sementes embebidas apenas em água (controle). Além disso, percebe-se também que as plântulas originadas de sementes embebidas pelos pré-tratamentos em NaCl, tanto moderado quanto severo, obtiveram uma massa ligeiramente maior que as dos pré-tratamentos em PEG. Tais resultados podem estar relacionados a um aumento de acúmulo de solutos.
CONCLUSÃO:
O osmocondicionamento em PEG e NaCl durante 30 minutos não interfere na porcentagem e nem na velocidade de germinação de sementes de girassol, entretanto provoca uma diferença positiva nas massas frescas e secas finais das plântulas germinadas.
Instituição de Fomento: Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte - EMPARN
Palavras-chave: Girassol, Germinação, Osmocondicionamento (NaCl e PEG).