62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA ESTIMULAR O RACIOCÍNIO LÓGICO DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Fábio de Castro Rodrigues 1
Danielle Loureiro Roges 2
Raabe Marques de Amorim 1
Rebeka Oliveira Domingues 1
Ísis Gabriella de Arruda Quinteiro 3
1. Depto. de Matemática, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
2. Depto. de Estatística, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE
3. Profa. Ma./ Orientadora - Depto. de Matemática - UFRPE
INTRODUÇÃO:

Após observar o baixo rendimento dos alunos do Ensino Médio, de algumas escolas de Recife, na disciplina de Matemática, ocasionado principalmente pela aplicação de uma educação que não está fundamentada na construção do conhecimento e sim na reprodução do que foi transmitido, sentiu-se a necessidade de buscar maneiras de estimular o raciocínio lógico destes alunos como forma de lhes dá mais autonomia nas resoluções de problemas que possam ser propostos no dia-a-dia. Segundo a perspectiva construtivista de Jean Piaget, a aprendizagem dos alunos deve ocorrer a partir de estratégias que incluam, além do desenvolvimento de conceitos e do uso de métodos e procedimentos, situações que propiciem o desenvolvimento de modos de pensar e agir. Desta forma, elaboramos uma sequência de atividades de Lógica, utilizando recursos didáticos de fácil acesso, que auxiliará os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem no desenvolvimento de habilidades e competências imprescindíveis na resolução de problemas matemáticos. Temos como objetivo neste projeto apresentar esta sequência de atividades elaboradas e as formas de aplicação em sala de aula como uma estratégia de ensino que pode auxiliar os discentes na interpretação e compreensão dos exercícios de matemática.  

METODOLOGIA:

As atividades propostas neste projeto são separadas em cinco etapas. Na etapa I, a exploração da lógica, acontece com o auxílio das quatro operações matemáticas a partir da aplicação das atividades de Números Lógicos, onde os alunos preenchem os espaços em branco com números inteiros, indicando também a operação matemática adequada. Na etapa II utiliza-se o jogo japonês de soma cruzadas, o Kakuro, onde cada célula deve ser preenchida com números naturais entre 1 e 9 sem haver repetição nas linhas e nas colunas. Na etapa III trabalhamos com o quebra-cabeça Sudoku, que é um jogo em que os algarismos de 1 a 9 devem aparecer, nos espaços em branco, apenas uma vez em cada linha, em cada coluna e em cada quadrícula. Na etapa IV utilizamos o Logic Pix, onde o objetivo do jogo é descobrir quais os quadrados devem ser pintados (ou deixados em branco), para formar uma figura. Por fim iremos explorar a lógica para descobrir as relações existentes entre as letras e os algarismos de 0 a 9 nas operações da Criptoaritmética.

RESULTADOS:

Esta sequência de atividades é apenas uma parte do que pode ser feito em sala de aula para se estimular o raciocínio lógico dos alunos. O docente pode expandir essa proposta e utilizá-la durante todo ano letivo. Existem ainda outros tipos de jogos, além dos que foram citados anteriormente, que também podem ser explorados pelo professor. Como exemplo podemos citar o Problema de Lógica, onde o jogador deve preencher um diagrama corretamente a partir das informações, ilustrações e pistas que são fornecidas e o numerox, que é um exemplo de palavras cruzadas onde se utilizam números para preencher os diagramas. Como todas as atividades mencionadas nesta proposta são do tipo jogo "de papel e lápis", o professor, juntamente com os organizadores da Escola, pode reservar um local onde poderá deixar vários exemplos de cada tipo de jogo acessível aos alunos, para que estes os resolvam nas horas vagas, em casa ou na escola. É interessante que o docente fique renovando, no intervalo de tempo que ele achar mais adequado, estes jogos por outros de um nível cada vez mais alto, para que a atividade não seja banalizada e caia na rotina.

CONCLUSÃO:

A aplicação desta sequência de atividades auxilia os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, pois estimula o raciocínio do discente e explora seu conhecimento empírico, quando o estimula a buscar soluções para os problemas apresentados, aumentando assim sua concentração e autonomia na resolução de problemas.

Instituição de Fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior- CAPES
Palavras-chave: Raciocínio lógico, Ensino médio, Aprendizado.