62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
RENDIMENTO DO FEIJÃO DE CORDA CULTIVADO COM ADUBAÇÃO ORGÂNICA E MINERAL
Vicente Filho Alves Silva 1
Sérgio Antônio Lopes de Gusmão 2
Nilvan Carvalho Melo 1
Igor Vinícius de Oliveira 1
Marcela Cristiane Ferreira Rêgo 1
Juliana Barroso Silva 1
1. Inst. de Ciências Agrárias (ICA), Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA
2. Depto.de Fitotecnia/Inst.de Ciências Agrárias (ICA)-UFRA
INTRODUÇÃO:

O feijão de corda (Vigna unguiculata sesquipedalis L.) é uma planta anual que chega a medir até 3 metros, da família das leguminosas, subfamília papilionoídea. No Estado do Pará o feijão de corda vem adquirindo grande valorização, principalmente na mesorregião do Nordeste paraense, sendo responsável por cerca de 70% da produção Estadual que atinge 60 mil toneladas por ano (Governo do Pará, 2003, 2007). Embora o esterco de ave seja um dos resíduos orgânicos bastante utilizados, pouco se conhece a respeito das quantidades a serem utilizadas no feijão de corda, que permitam a obtenção de rendimentos satisfatórios. Em relação à adubação mineral, a necessidade da aplicação de nitrogênio, não deve ser considerada como fator crítico de produção. Em áreas recém trabalhadas, pode ser usada uma adubação nitrogenada em torno de 20 kg/ha de N. Já o potássio, como para a maioria das plantas cultivadas, não tem apresentado resultado constante e positivo no feijão de corda. Seu emprego, entretanto, tem sido recomendado baseado no balanceamento das fórmulas de adubação (Oliveira, 1982). O  trabalho foi desenvolvido visando avaliar o emprego do esterco de ave e do adubo mineral, sobre o rendimento do feijão de corda.

METODOLOGIA:

O trabalho foi conduzido no município de Belém/PA, no Núcleo de Capacitação e Pesquisa em Horticultura da UFRA, sob estrutura de cultivo protegido, Utilizando-se a subespécie sesquipedalis de feijão de corda, foram avaliados dois sistemas de cultivo (Orgânico e Convencional). O preparo da área foi realizado por meio de capinas e levantamento de canteiros. Os canteiros apresentavam as dimensões (4,0m de comprimento, 1,0m de largura e 0,20m de altura). No mesmo dia realizou-se a semeadura direta, em copos plásticos de 200 mL, contendo substrato formado a partir de composto orgânico; e a armação de tutores. O espaçamento foi de 0,5m entre linhas e 0,2m entre plantas, perfazendo no total de 20 plantas por canteiro. A adubação foi realizada no dia do semeio com 1 litro de adubo orgânico por cova, e após 15 dias da semeadura aplicou-se a adubação de cobertura de acordo com os tratamentos (convencional com 30 gramas de NPK 10-28-20, e orgânico com 300 ml de composto orgânico por planta). A germinação ocorreu do 3º ao 5° dia e a partir de  20 dias após a semeadura foi realizado o tutoramento. A colheita foi realizada manualmente aos 48, 57, 61, 66, 71 e 78 dias após o plantio. Os dados foram submetidos às análises de variância e regressão, utilizando-se o programa estatístico SISVAR.

RESULTADOS:

Em relação ao peso de vagens e aos tratamentos aplicados, não houve efeitos significativos (P>0.05), sendo que o maior rendimento de peso de vagens (375 g/ colheita) foi obtido com a utilização da cama aviária, e na presença de adubo mineral (261 g/ colheita), o que evidência uma razoável produtividade do feijão de metro, não superando os resultados obtidos por Silva et al. (1993), Silva & Oliveira (1993) e Silva & Freitas (1996) em cultivos convencionais de feijão caupi. Para comprimento de vagens observou-se que o cultivo orgânico obteve os maiores resultados (46,08 cm), quando comparado com o convencional (44,84 cm). Provavelmente, durante o desenvolvimento das plantas, as doses de cama aviária, juntamente com os nutrientes adicionados ao solo, supriram equiliobradamente as necessidades nutricionais da cultura. Segundo Machado et al., 1983, a aplicação adequada de esterco de boa qualidade pode suprir as necessidades das plantas em macronutrientes, devido à elevação nos teores de P e K disponível. Para o número médio de vagens por colheita, o cultivo convencional foi o melhor resultado (71,83 vagens/colheita) em relação ao plantio orgânico (65,7 vagens/colheita). Após a sexta colheita, o cultivo orgânico obteve um rendimento de 15,075 t ha-1 e o convencional 10,492 t ha-1.

 

CONCLUSÃO:

O cultivo orgânico foi o que gerou o maior peso e comprimento de vagens. E os maiores rendimentos obtidos foram na utilização da cama de aviário.

 

Instituição de Fomento: Programa de Educação Tutorial - PET- Agronomia/UFRA/SESu/MEC
Palavras-chave: Vigna unguiculata, Horta, Produção.