62ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 8. Química
USANDO EXPERIMENTAÇÃO QUÍMICA PARA MOTIVAR A APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
Josinete Angela da Paz 1
Vitor Hugo da Silva 1
Maria da Glória Mota Marques Figueiroa 2
1. Departamento de química, Universidade Federal Rural de Pernambuco/ UFRPE
2. escola Lions Parnamirim, secretaria de Educação de Pernambuco/ SEE
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho foi realizado por alunos do curso de licenciatura em química, bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação da Docência-PIBID. O PIBID é um programa recente da CAPES que tem como objetivo melhorar o ensino em escolas da rede pública, nas quais o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB é abaixo da média nacional. A intervenção nas escolas é feita por alunos dos cursos de licenciatura em parceria com professores das escolas, contribuindo para elevar a qualidade da formação inicial dos futuros docentes. A finalidade deste trabalho é de mostrar a importância da experimentação no processo ensino-aprendizagem em aulas de química. Sabe-se que professores e pesquisadores da área de ciências naturais admitem que a prática experimental deva fazer parte das atividades nas salas de aula, como forma de estimular os alunos e alcançar uma aprendizagem mais significativa. Conforme Giordan e Laburú (apud, Júnior, Ferreira e Hartwig, 2008, p.30), esse tipo de aula prática não é muito utilizado pelos professores, sendo muitas vezes totalmente inexistente nas escolas. É valido ressaltar que, de acordo com Freire (2009), o ensino experimental pode despertar a curiosidade natural existente no ser humano desencadeando a curiosidade cientifica.
METODOLOGIA:
Uma atividade didática com experimentação foi realizada durante uma tarde em um laboratório do Departamento de Química da UFRPE. A atividade foi planejada por dois alunos bolsistas do PIBID, e envolveu 11 alunos do 1° ano da Escola Lions de Parnamirim, sendo esta uma das instituições de ensino conveniadas ao PIBID-UFRPE. A atividade foi dividida em duas etapas. A primeira etapa consistiu em uma exposição sobre o experimento a ser realizada -separação de misturas -, segurança no laboratório, apresentação de algumas vidrarias e dos equipamentos de proteção individuais utilizados no laboratório e a importância de todo o cuidado que deve ser tomado com os equipamentos e reagentes. Na segunda etapa foi realizado o experimento, com a formação de três grupos, que foram acompanhados por um bolsista responsável pela orientação sobre os procedimentos necessários para a atividade. Utilizou-se no experimento: anel metálico, papel filtro, bastão de vidro, areia, sal, chapa de aquecimento, béqueres, funil de vidro, balança e água. O experimento consistia da preparação de mistura com água, sal e areia, que em seguida seria filtrada e aquecida em chapa de aquecimento.
RESULTADOS:
No decorrer do experimento algumas questões referentes à intervenção foram abordadas. Por exemplo: como podemos definir o que é mistura e substância? A partir das respostas dadas, pode-se ter acesso ao conhecimento prévio dos alunos, o que contribuiu para uma melhor compreensão deles dos conceitos propostos na atividade. Outras questões foram feitas, por exemplo, o que aconteceria quando misturarmos água, sal e areia? Dois alunos apresentaram suas expectativas de que formaria apenas uma mistura heterogênea. Porém, um terceiro aluno se pronunciou e afirmou que além da mistura de dupla fase, o sal iria se dissolver na água e formar uma solução sobrenadante. Com isso, todos os outros alunos concordaram que essa afirmação seria a resposta mais completa. É importante ressaltar que os questionamentos foram feitos com o objetivo de fazer com que os alunos se envolvessem mais na atividade e refletissem sobre os fenômenos observados no experimento. Consideramos que ao despertar o interesse e a curiosidade, a aula tornou-se mais produtiva uma vez que foi facilitado aos alunos o acesso ao conteúdo a ser discutido para a formação de conceitos químicos. No final das atividades, foi aplicado aos alunos um pequeno questionário que continha questões para a avaliação sobre a atividade proposta.
CONCLUSÃO:
Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir sobre a importância de atividades experimentais em química, para a formação básica de alunos do ensino médio que sentem a falta de aulas que tragam mudanças aos modos tradicionais de ensino. Foi perceptível que a aula experimental deixou os alunos bastante motivados e com uma imagem positiva em relação ao ensino da química.
Instituição de Fomento: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de nível Superior- FNDE/CAPES
Palavras-chave: Experimentação, Motivação, Aprendizagem.