62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 6. Zootecnia - 5. Zootecnia
COMPARAÇÃO NA PRÉ-SECAGEM DE CARCAÇA ANIMAL COM OS MÉTODOS DE LIOFILIZAÇÃO E MICROONDAS PARA ANÁLISES QUÍMICAS
Roberta Nunes Parentoni 1
Arthur Willian de Lima Brasil 2
Giovanna Henriques da Nóbrega 3
Aderbal Marcos de Azevedo Silva 4
Rafaela Alves Dias 2
Denise Aline Casimiro Bezerra 5
1. Graduanda do Curso de Med. Vet., UFCG/Campus Patos - PB
2. Graduandos do Curso de Med. Vet., UFCG/Campus Patos - PB
3. Médica Veterinária, Doutoranda do Programa de Pós-Graduação de Med. Vet. da UFCG
4. Zootécnista, Prof. Doutor/Orientador - UAMV / UFCG / Campus Patos - PB
5. Bióloga, Mestre em Sistemas Agrossilvipastoris pela UFCG
INTRODUÇÃO:
Atualmente é observada a necessidade da conservação dos alimentos. A secagem da matéria orgânica animal evita a degradação e as alterações químicas do tecido, prolongando o seu período de armazenamento, além de ser necessário para determinar a matéria seca e análises químicas. O processo de liofilização é hoje a técnica mais eficaz para secagem e conservação de alimentos, estabilizando-os através de múltiplas operações como: congelamento, sublimação e secagem a vácuo, além de armazenar o material seco, sob condições controladas, obtendo-se produtos de alta qualidade, reconstituição instantânea e que possuem longa vida. A liofilização mantém a maioria das propriedades bioquímicas do material, mas tem a desvantagem de ser um processo que requer um equipamento oneroso, elevando o custo desta análise. Aparelhos de microondas também têm sido usados em processos de desidratação de alimentos. A utilização deste reduz o tempo de secagem e a contaminação bacteriana, resultando em melhor aparência e qualidade do produto, sem influenciar na composição química do material seco. A desvantagem do seu uso é por ser pequeno e limitar o numero de amostras por vez. Assim, este trabalho teve por objetivo comparar as técnicas de liofilização e microondas na secagem de carcaça animal.
METODOLOGIA:
Este trabalho foi realizado no Laboratório de Nutrição Animal do Departamento de Medicina Veterinária no Centro de Saúde e Tecnologia Rural da UFCG, Patos/PB, em parceria com o Laboratório de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa/PB. Foram utilizadas carcaças de 22 cabritos (SRD x Bôer), com seis meses de idade. No processo de pré-secagem utilizaram-se amostras frescas de aproximadamente 50g do corpo vazio dos animais, previamente moídas, para cada método. No processo de liofilização as amostras submeteram-se a um congelamento de - 40°C em freezer vertical. O equipamento utilizado foi Terroni série LS, em um vácuo de 10 Atm por um período de 24 horas. No processo do forno de microondas, as amostras foram submetidas a quatro seções de desidratação com potência máxima de um minuto cada e intervalos de um minuto de descanso, momentos em que as amostras eram revolvidas com auxílio de um bastão de vidro, melhorando a secagem. Após a pré-secagem as amostras que sofreram o tratamento de liofilização foram desengorduradas. Sendo posteriormente precedidas à moagem em moinho de bola, como também as de forno de microondas, para posterior análise centesimal de Proteína Bruta, Matéria Mineral, Extrato Etéreo, Energia Bruta e Matéria Seca.
RESULTADOS:
Foi procedido um teste piloto para saber qual seria o período ideal de pré-secagem de carcaça animal em microondas, já que essa prática só foi realizada com matéria vegetal. A partir deste resultado, que foi analisado centesimalmente, iniciou-se a comparação com a técnica de Liofilização. De acordo com o obtido verificou-se que o tempo ideal para a pré-secagem em microondas foi de 4 minutos, obtendo-se um resultado satisfatório para a metodologia aplicada. Porém, após o decorrer de um mês, foi observado que algumas amostras entraram em um processo de decomposição, supostamente pela permanência de umidade na mesma. Estas foram descartadas e as que não apresentaram bolor foram submetidas às análises químicas, onde observou-se que a porcentagem de Extrato Etéreo (EE) apresentou diferença significativa, sendo estas 31,3% e 34,1%, para liofilizador e microondas, respectivamente (P<0,05). Os demais resultados não apresentaram diferenças, segundo o teste de Tukey.
CONCLUSÃO:
A utilização da técnica do Forno de Microondas pode ser uma alternativa para a pré-secagem de compostos orgânicos de origem animal, porém ainda são necessários maiores estudos sobre o tempo de secagem das amostras, tendo sido observado o deterioramento destas após um período superior a 30 dias. A técnica de Liofilização ainda prevalece como a de melhor resultado, pois mesmo após o período de 30 dias ela conseguiu manter a integridade das amostras.
Palavras-chave: Liofilizador , Microondas, Pré-secagem.