Desde que surgiram os primeiros tabus, estabelecendo regras para o comportamento sexual, foram demarcadas diferenças entre a sexualidade e a reprodução, entre o universo biológico animal e o cultural humano. Ao produzir essas regras, o homem faz nascer um "novo corpo", inscrito no imaginário, puramente recortado pelos significados culturais que lhe atribuíram ao longo do tempo. Hoje, em nossa sociedade, o erotismo adolescente é tema sempre presente na publicidade, um corpo erotizado exposto, como se fosse mercadoria, associado ao consumo, é uma marca da realimentação do imaginário erótico contemporâneo. O principal objetivo desta investigação foi analisar como os professores do ensino fundamental das Escolas Senador João Cleofas de Oliveira e Josefa Álvares, abordam a sexualidade com os alunos nas aulas de biologia. Buscou-se basicamente, identificar as diferentes abordagens utilizadas pelos professores das duas escolas.

A pesquisa dividiu-se em dois momentos, o primeiro composto por uma análise bibliográfica sobre o tema sexualidade, e, o segundo momento, um levantamento através de entrevistas com dois professores do Ensino Fundamental II da Escola Estadual João Cleofas de Oliveira, e dois do Ensino Fundamental II da Escola Municipal Josefa Álvares para verificar a forma como é abordada a sexualidade com os alunos. Baseou-se numa abordagem metodológica quantitativa porque as informações coletadas pelos questionários expressa na forma de números, e qualitativa porque a abordagem considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito que não pode ser traduzida em números, pois se obtém desse estudo o nível de informação dos alunos sobre a sexualidade e a forma como é tratado à temática em discussão.Os procedimentos necessários à obtenção de dados envolveram a combinação de formas de coleta de dados, recorrendo-se ao material pedagógico utilizado, observações diretas, conversas informais e entrevistas semi-estruturadas.

Quando perguntamos ao professor X se seus alunos fazem perguntas sobre questões ligadas a sexualidade, ele respondeu que sim, uma vez que o conteúdo proposto a está ligado a está temática, alegando que os alunos ficam interessados e curiosos a saber sobre a sexualidade. Já em relação sobre o que eles acham dos pais abordarem temas como sexualidade com os filhos, o professor X, acha importante os pais falarem com os filhos, uma vez que essa orientação deve começar na família. Ao perguntar se a professora X se constrangia quando os alunos fazem perguntas relacionada à sexualidade, ela   respondeu que não, pois o professor ao trabalhar o tema  tem que está preparado.Em se tratando da opinião da professora X sobre a sexualidade, ela coloca que deve ser tratada com cuidado, uma vez que é muito importante o desenvolvimento do ser humano nesse sentido. Ao entrevistar a professora Y da Escola Josefa Álvares, se seus alunos fazem perguntas sobre questões ligadas à sexualidade, ela falou que os alunos se insinuam de forma inadequada ao tratar desse assunto. Em relação à opinião dela sobre os pais abordarem a sexualidade com os filhos, ela coloca que é importante, assim facilita o trabalho do professor, pois deixa os alunos menos tensos ou curiosos na hora da aula. Quando perguntamos a professora Y se ela fica constrangida quando os alunos fazem perguntas sobre sexualidade, ela colocou que não, mais lamenta por eles não terem informações em casa com os pais. Já em relação ao que a professora Y acha da sexualidade, ela falou que é importante quando é tratada com respeito e maturidade por partes da família, escola e toda a sociedade.

A sexualidade é talvez, um dos temas mais polêmicos e difíceis de serem trabalhados, principalmente no âmbito escolar. Mas, como parte do desenvolvimento humano, ela se constrói e se aprende e não pode simplesmente, ser ignorada. A incorporação do assunto na escola deve estar acompanhada de um canal de discussão com a abordagem de vários aspectos. De modo que, contribua para a formação de jovens mais responsáveis com as suas atitudes e decisões. É importante que a escola perceba que a responsabilidade pelo desenvolvimento da sexualidade nas crianças e adolescentes, não cabe somente a família, os professores também exercem um papel importante. Mas, para isso, é necessário que eles estejam preparados. Na escola os jovens exercitam a sua sexualidade quando se deparam com as diferenças. Nas duas escolas pesquisadas, o tema Sexualidade, está inserido no Projeto Político Pedagógico demonstrando Conclui-se que tanto a família quanto a escola, possui um papel importante na formação dos adolescentes no que se refere a sua sexualidade. A família orientando, apoiando e mostrando os valores inerentes ao ser humano.