62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
CONHECIMENTO SOBRE DST/HPV ENTRE ADOLESCENTES NA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ/RN.
Romanniny Hévillyn Silva Costa 1
Cayla Carolieva Fernandes Ferreira 1
Édilla Juliana de Macêdo Diniz 1
Monique Werneck de Carvalho Ribeiro 1
Ramiza Bernardino da Silva 1
Dany Geraldo Kramer Cavalcanti e Silva 2
1. Fac. de Ciências da Saúde do Trairi - FACISA/UFRN.
2. Prof. MSc. FACISA - UFRN. Pós-Graduando - PPGEM - UFRN.
INTRODUÇÃO:
Observa-se que cada vez mais cedo à juventude está começando as relações afetivas e a vida sexual. Fatores biológicos, falta de informação e conceitos equivocados facilitam este evento, e consequente maior risco de transmissão das doenças sexualmente transmissíveis (DST's) na adolescência. Nota-se que dentre as DST's, o Papilomavírus Humano (HPV) não possui ainda um espaço significativo nas campanhas nacionais de educação e prevenção, onde o HPV está presente em cerca de 95% dos casos de câncer de colo uterino, representando o principal fator de risco para o desenvolvimento deste. Diante desta realidade, este trabalho teve por objetivo avaliar o conhecimento sobre DST/HPV de estudantes do ensino médio de uma escola pública no município de Santa Cruz/RN.
METODOLOGIA:
Foram entrevistados 228 alunos com auxílio de um questionário segundo o método de estudo Survey, semi-estruturado, anônimo, contendo perguntas gerais sobre doenças sexualmente transmissíveis e HPV, em que teve como intuito traçar um perfil sobre o conhecimento dos indivíduos sobre a temática. Os dados foram codificados e apresentados por meio de tabelas e gráficos utilizando o software Excel, analisados estatisticamente mediante o programa BioEstat 5.0 e discutidos a partir da literatura pertinente.
RESULTADOS:
Dos adolescentes, encontrou-se que a maioria (45,61%) estava na faixa etária entre 17 e 19 anos. (56,14%) consideraram ter um conhecimento intermediário sobre a temática. Contudo, quando indagados acerca da definição de DST (91,65%) não souberam responder ou responderam à questão de maneira semelhante à pergunta. Afirmaram ainda que a sexualidade no âmbito familiar é tratada apenas às vezes (36,84%), sendo as DST's abordadas na escola de acordo com 87 estudantes (38,15%) habitualmente ou nunca, conforme afirmaram 71 jovens (31,14%). Em relação à transmissão, 96,05% reconheceram que o principal meio de contrair uma DST é pela relação sexual sem preservativos. Ademais, através das declarações dos próprios estudantes encontrou-se apenas um alto conhecimento para a Aids (39,04%), observando-se nenhum ou baixo conhecimento nas demais, incluso o HPV. Ao serem inquiridos a respeito dos meios de se adquirir o HPV, (68,42%) afirmaram ser através das relações sexuais sem preservativos, no entanto, (5,7%) respondeu que o alimento contaminado, como também (4,82%) disse que o aperto de mão e o beijo são responsáveis pela transmissibilidade deste vírus. Sendo, a sua sintomatologia para (18,66%) caracterizada por febre, mal estar e coceira.
CONCLUSÃO:
O estudo permitiu concluir que há certa dificuldade quanto à definição e alguns equívocos relacionados à sintomatologia e prevenção das DST's, incluindo o HPV. Diante desta perspectiva, faz-se necessário que a escola e a família sejam encorajadas a discutir sobre educação sexual, bem como que haja a criação de campanhas nacionais de educação em saúde.
Instituição de Fomento: PROEX - UFRN
Palavras-chave: Doenças sexualmente transmissíveis, Papilomavírus Humano, Educação em saúde.