O NETESB - Núcleo de Estudos em Tecnologias para a Socialização do conhecimento em Biologia foi fundado em 2005, nas dependências do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), a fim de atender ao estatuto e regimento da UFG no qual fica estabelecido a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, promovendo, assim, a intensificação da interação da universidade com a sociedade, por meio de um projeto educativo, cultural e científico. No NETESB trabalha-se com a elaboração de materiais pedagógicos tais como maquetes, moldes e jogos com o intuito de facilitar o ensino em Biologia, tornando mais interessante e desmistificando a ciência, produzida dentro dos laboratórios experimentais da Universidade. Além deste, outro objetivo do NETESB é realizar a inclusão educacional a pessoas Portadoras de Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs), através da adaptação dos materiais pedagógicos, como a leitura BRAILLE, materiais em autorrelevo, texturas, guizos, cheiros, fundos negros, cores vivas para deficientes visuais, de baixa visão à cegueira, bem como pelo uso de símbolos, animações legendadas ou traduzidas para LIBRAS, no caso dos deficientes auditivos e ainda promover a inclusão digital por meio de atendimento a comunidade em geral.

Os materiais pedagógicos são utilizados por estudantes do curso de Ciências Biológicas da UFG em diferentes disciplinas e por professores do ensino básico regular, que buscam no NETESB novas tecnologias de ensino visando enriquecer seus seminários, suas aulas, respectivamente, com a dinâmica lúdica pela utilização destes materiais, e na realização de feiras de ciências promovidas pelas escolas, com temáticas específicas. Além disto, o NETESB proporciona a participação da comunidade no meio acadêmico pela execução de atividades como oficinas, mini-cursos e palestras, em eventos da Universidade, como CONPEEX, Mostra Milton Santos, Semana do ICB, etc. O público alvo dessas atividades são professores e estudantes de escolas de ensino básico, público e particular, de Goiânia - GO, desenvolvendo habilidades para a inserção de novas metodologias de ensino a serem aplicadas em sala de aula, utilizando técnicas de desenhos, produção e modelagem no biscuit, na prática do quilling, manuseio de miçangas, podendo a partir disso, trabalhar na produção de materiais duráveis e de baixo custo, facilitando o processo ensino-aprendizagem. Estas atividades são dirigidas por estagiários do NETESB sempre com o objetivo de realizar a inclusão da sociedade, de forma participativa, às atividades da UFG.

As atividades promovidas pelo NETESB são acolhidas no âmbito da comunidade acadêmica e, externa à UFG, atendendo de 5 a 10 professores/ano, que divulgam os materiais em espaços abertos à visitação ou em escolas, recebendo, em média, 200 pessoas/dia. Além de exposições em ambientes de educação não-formal, já atendemos acerca de 500 pessoas/dia. Essas atividades, muito apreciadas e procuradas por grupos escolares, devido ao grau de motivação proporcionado aos estudantes que participam desses momentos de aprendizado, por se tratarem de atividades, geralmente, fora do cotidiano dos mesmos, e por serem, muitas vezes, voltados para práticas manuais e artísticas, vistas, por muitos, como oportunidade de aprender e aperfeiçoar uma nova técnica, que poderá ser usada para incrementar a renda familiar. Em parceria com o Espaço Samambaia - Sala Verde, projeto do MMA, o NETESB atua na sensibilização da sociedade para o conhecimento e preservação do meio ambiente, através de diversas atividades, sendo algumas, essencialmente, voltadas à Educação Ambiental, amplificando a abordagem realizada pelo núcleo. Estas atividades são avaliadas por meio de questionários, enquetes e entrevistas permitindo o uso dos dados para publicação de artigos científicos, resumos expandidos e participação em eventos.

O ensino de Ciências e Biologia, trabalhados de forma lúdica, possuem como mérito a melhor aceitação no processo de ensino-aprendizagem, se comparada às abordagens com enfoques baseados apenas em teorias, conceitos, e esquemas de difícil compreensão. Sendo necessário motivar os estudantes a fazerem parte do processo de significação e identificação de sua realidade nas atividades desenvolvidas, em busca da compreensão do pensamento científico. Além disso, a participação da comunidade externa à UFG torna sempre possível aliar conhecimento científico à sabedoria popular, acrescentando experiências e vivências a todos.