62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
EFEITO DA LUZ NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE Piper peltatum L. (PIPERACEAE)
Tamiris Rio Branco da Fonseca 1
Raiane Áila Teixeira Souza 1
Jéssica Ferreira Barroncas 1
Aldecinei Bastos Siqueira 1
1. Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Amazonas/ ICB-UFAM
INTRODUÇÃO:
Piperaceae é uma família predominantemente tropical e a esta família pertencem algumas plantas medicinais como a caapeba (Piper peltatum L.). Família bastante comum nas formações florestais brasileiras, principalmente em áreas relativamente abertas, a luz e a temperatura são consideradas os dois principais fatores ambientais no controle da germinação. Em geral, a luz é necessária para a germinação de sementes pequenas, cujas espécies estão associadas a ambientes abertos ou perturbados. A sensibilidade a luz das sementes é bastante variável, de acordo com a espécie, havendo sementes cuja germinação é influenciada positivamente ou negativamente pela luz e sementes indiferentes a ela. O objetivo deste trabalho foi a análise do efeito da luz na germinação de sementes de P. peltatum.
METODOLOGIA:
O material selecionado foi esterilizado em autoclave a 120 °C, 1 atm, durante 40 minutos. A assepsia das sementes de Piper peltatum foi realizada mediante imersão em solução de hipoclorito de sódio 40% (v/v) por 15 minutos. Em seguida, foram lavadas três vezes com água destilada. Para a condução dos testes de germinação, as sementes de Piper peltatum foram alocadas em placas de Petri grandes, as quais foram semeadas sobre duas folhas de papel de filtro umedecidas com água destilada e divididas em quatro quadrantes (n= 25). Foram analisadas 1600 sementes em dois tratamentos, no claro (a cada 24h) e no escuro (5, 15 e 20 dias). As culturas foram irrigadas diariamente com água destilada, mantidas em sala de crescimento com temperatura de 25 ± 2 °C, fotoperíodo de 16 horas e com intensidade de luz cerca de 40 µmol.cm-2.s-1. As sementes foram monitoradas do 1º ao 30° dia após a implantação do experimento. O critério utilizado para avaliar a germinação foi o aparecimento das estruturas essenciais da plântula em perfeito estágio de desenvolvimento (radícula), sendo verificada diariamente para todos os tratamentos e os resultados anotados em planilha.
RESULTADOS:
A variável de porcentagem de germinação foi submetida a análise de variância e as médias dos tratamentos comparadas por Teste Tukey ao nível de 5% de probabilidade. As médias de germinação das sementes mantidas sob a presença de luz (80%) foram estatisticamente superiores àquelas mantidas sob ausência de luz em 5 (36,5%), 15 (34%) e 20 (25%) dias, logo não foi visualizada diferença significativa entre as taxas de germinação dos tratamentos em escuro, contudo, observou - se efeito da luz no desenvolvimento inicial das plântulas, provavelmente envolvendo processos fotossintéticos. Em trabalhos desenvolvidos com outras espécies de plantas, tem-se observado que o número de horas de luz necessário à germinação de sementes fotossensíveis é variável em função da espécie
CONCLUSÃO:
De acordo com a média de germinação na presença de luz - 80% - é possível afirmar que o melhor desempenho germinativo foi obtido em sementes que germinaram na presença de luz quando comparado aos tratamentos em escuro, portanto o objetivo do trabalho foi atingido, sendo mais uma informação complementar para trabalhos futuros.
Palavras-chave: Piper peltatum L., Caapeba, Germinação.