62ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 12. Engenharia Química
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE INIBIÇÃO DE CORROSÃO DE SISTEMAS MICROEMULSIONADOS PARA APLICAÇÃO EM OPERAÇÕES DE ACIDIFICAÇÃO DE MATRIZ
Talles Nóbrega Sousa 1
Tereza Neuma Castro Dantas 2
Afonso Avelino Dantas Neto 3
Pedro Tupã Pandava Aum 1
Bruno Barros de Medeiros 4
1. Departamento de Eng. Química - Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN
2. Profa. Dra./Orientadora - Departamento de Química - UFRN
3. Prof. Dr./Orientador - Departamento de Engenharia Química - UFRN
4. Departamento de Química - Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN
INTRODUÇÃO:
A corrosão é um dos maiores problemas da indústria do Petróleo e está presente em diferentes etapas do processo. Uma das operações críticas com relação à corrosão é a "Acidificação", que consiste no bombeio de misturas ácidas, abaixo da pressão de fratura da formação. As misturas ácidas utilizadas têm elevado poder de corrosão, o que acarreta a utilização de aditivos (inibidores de corrosão) que podem causar dano à formação, comprometendo a operação. Este trabalho tem como objetivo avaliar o processo de corrosão do acido clorídrico (HCl 15%) em meio aquoso e em meio microemulsionado. Microemulsões são sistemas constituídos de tensoativo, fase oleosa, fase aquosa e se necessário um co-tensoativo, estes sistemas tem apresentado excelentes resultados em processos de transferência de massa e de interfaces, e têm como características a capacidade de tornar miscíveis substâncias hidrofílicas com hidrofóbicas, alta capacidade de solubilização e é termodinamicamente estável.
METODOLOGIA:

O ensaio de corrosão da lâmina de cobre foi desenvolvido para avaliar o grau relativo de corrosividade da amostra. Para isso foi utilizado o equipamento de corrosividade (Modelo K39395 - Kaehler). Uma lâmina de cobre polida é imersa em 30 mL de amostra e submetida ao aquecimento durante 3 horas a 100 ºC. No final deste período, a lâmina de cobre é removida, lavada e comparada com as lâminas do conjunto Padrão ASTM D 130. Comparamos os níveis de corrosão do HCl PA, da solução de HCl 15% em meio aquoso e em meio microemulsionado. A escolha do ponto para os ensaios de cinética levou em consideração o percentual de fase aquosa e a proximidade com a linha de solubilidade do diagrama pseudoternário. O procedimento utilizado para se obter a região de microemulsão, bem como as demais regiões de Winsor no diagrama pseudoternário, para o sistema estudado, baseou-se no método que envolve a determinação dos pontos de solubilidade máximas da matéria ativa C/T nas fases aquosa (FA) e oleosa (FO), por meio de titulações mássicas.

RESULTADOS:

Após a análise das lâminas de cobre, verificou-se que o cobre ficou mais desgastado com o HCl PA, enquanto a solução de HCl 15% em meio aquoso apresentou menos desgaste e em meio microemulsionado apresentou o menor índice corrosivo. Pode-se explicar o fato de a microemulsão ser menos corrosiva devido a um provável encapsulamento do HCl nas microgotículas de microemulsão, e ainda, a formação de um filme na interface placa metálica/microemulsão, protegendo a placa da ação do ácido.

CONCLUSÃO:
Após analisar os resultados, pode-se concluir que a microemulsão tem grande potencial de proteção contra corrosão, e, eventualmente, poderá substituir a mistura ácida com aditivos na operação de acidificação.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/CNPq
Palavras-chave: Corrosão, Microemulsão, Acidificação.