62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 4. Geografia - 1. Geografia Humana
A UTILIZAÇÃO DO MAPA E SUAS CONTRIBUIÇÕES AO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA GEOGRAFIA: UMA PROPOSTA DE TRABALHO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA.
Alexandre Alves de Andrade 1
Paula Juliana da Silva 1
Maria Cristina Cavalcanti de Araújo 1
1. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho tem como objetivo principal abordar as inúmeras práticas do uso de mapas nas aulas de geografia, como forma de contribuir na compreensão da dinâmica natural do relevo e clima do nosso território. No trabalho em tela, partimos da premissa que com a utilização do mapa, nas aulas de geografia, podemos compreender com maior ênfase a construção dos componentes fisiográficos da estrutura externa do planeta, haja vista, que este recurso possibilita diferentes tipos de análise, nas mais variadas escalas sejam cartográficas e/ou geográficas. Nessa perspectiva, buscamos tornar lúdico o processo de ensino e aprendizagem da Geografia por meio da intervenção direta do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), este programa visa contribuir para melhorar a qualidade do ensino de geografia, tomando por experiência as atividades desenvolvidas na Escola Estadual Atheneu Norte-Rio-grandense. Dessa forma espera-se contribuir com as discussões epistemológicas existentes sobre a construção do processo de ensino e aprendizagem da Geografia, bem como, com o resgate do mapa nas salas de aula, como uma ferramenta que possa ser utilizado de forma dinâmica, possibilitando uma leitura crítico-reflexivo do espaço, lócus das relações humanas.
METODOLOGIA:
A metodologia para o desenvolvimento do trabalho foi pautada na aplicação de questionários aos alunos do ensino médio da escola Atheneu, parceira do PIBID. Os questionários continham questões que variavam desde o grau de dificuldade do aluno em aprender a geografia, a importância da mesma para sua formação, bem como o que eles sugeriram como novas metodologias. Diante disso, constatou-se que um significativo percentual do nosso universo amostral expressou uma deficiência no que concerne aos conteúdos relacionados à dinâmica fisiográfica do planeta, bem como suas interrelações e representações em recursos visuais de cunho geográfico como o mapa. Consoante essa realidade e atendendo os anseios dos alunos por um ensino prático buscamos dinamizar o ensino de Geografia apresentando a utilização de propostas pedagógicas alternativas que consolidasse a compreensão por parte do alunado desses referidos processos. Utilizamo-nos da construção de mapas do relevo e clima brasileiro elaborados pelos próprios discentes. Vale salientar, que nossa proposta por meio da intervenção do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência não é apresentar uma metodologia pronta e acabada sobre o ensino da Geografia, mas complementar as atividades desenvolvidas pelo professor na sala de aula.
RESULTADOS:
Partindo da realidade do aluno apresentada nos questionários traçamos a estratégia a ser desenvolvida. Inicialmente foi realizado um ciclo de discussões a respeito da temática proposta que culminou com a escolha de se trabalhar com os relevos brasileiros de acordo com a divisão de Jurandir Ross e com os climas do Brasil e suas influências na formação dos mesmos. Os alunos desenvolveram uma pesquisa sobre os referidos temas visando identificar a melhor forma de representá-los. Diante disso, constatou-se uma maior participação dos discentes nas discussões propostas. Com essa atividade percebe-se que quando colocado como protagonista do processo de construção do conhecimento os alunos adotam uma postura diferenciada dos demais momentos onde predominam um ensino memorístico desvinculados do seu cotidiano. Constatou-se também que a atividade promoveu uma integração entre o grupo tornando-os mais companheiros. Foram construídos mapas do relevo brasileiro, das massas de ar que atuam sobre o território e dos climas predominantes. Tais tarefas motivaram os alunos a socializar suas construções na mostra cultural da escola. Tal fato tornou-se relevante por ter possibilitado a dinamicidade do ensino de Geografia, colocando o alunado como sujeito do processo de construção do conhecimento de forma lúdica e atrativa.
CONCLUSÃO:
Consideramos o mapa um instrumento impar para o ensino de geografia, em toda a sua gama de conteúdos, seja no cunho social ou de recursos naturais. Porém, temos que ter em vista que independendo do conteúdo, todos estão inseridos numa categoria maior, base de toda produção do conhecimento geográfico, unidade indivisível da relação sociedade com o meio, denominado espaço geográfico. Compreender de que forma os agentes fisiográficos contribui na formação do espaço, e de que maneira somos influenciados pelos acontecimentos que se desdobram em lugares distintos do nosso, possibilita-nos um maior entendimento da realidade. Acreditamos que a utilização de mapas contribui para maior compreensão da dinâmica física do espaço, e se bem utilizado em sala de aula possibilita a dinamicidade do processo de ensino e aprendizagem. Assim indicamos o mapa como ferramenta a ser utilizada durante as aulas de geografia, principalmente nas que se refere ao estudo das categorias de análise dessa ciência. Favorecendo a compreensão dos fatos que ocorrem nestas unidades. Esperamos também que aja um resgate desse recurso que nos dias atuais está em desuso, ou deixando de ser explorado de forma reflexiva com o alunado de um modo geral.
Instituição de Fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES
Palavras-chave: Ensino aprendizagem , Mapa, Geografia .