62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
CURVA DE EMBEBIÇÃO PARA SEMENTES DE GIRASSOL (Helianthus annuus L.)
Diego de Lima Freire 2
Maraísa Costa Ferreira 1
Thiago Barros Galvão 1
Kalinne Cris Silva de Asevedo 1
Josemir de Moura Maia 3
Eduardo Luiz Voigt 3
1. Depto. de Biologia Celular e Genética - UFRN
2. Bolsista de I.C./CNPq, Depto. de Biologia Celular e Genética - UFRN
3. Prof. Dr/Orientador - Dpto. de Biologia Celular e Genética - UFRN
INTRODUÇÃO:
A emissão de poluentes atmosféricos, somada à necessidade de reduzir o uso de derivados de petróleo como fonte energética, têm incentivado o aumento da produção e uso de biocombustíveis. Uma das espécies oleaginosas mais promissoras para a obtenção de biodiesel é o girassol (Helianthus annuus L.). Esta espécie pertence à família Asteraceae a qual compreende o maior número de espécies entre as Magnoliophyta. O alto teor de óleo encontrado nas sementes de girassol, somado à resistência desta planta à seca e ao calor, possibilitou a ampla difusão desta oleaginosa como uma opção para a agricultura familiar do Semi-Árido Nordestino. Para obter uma melhor produtividade desta espécie em campo, é importante conhecer aspectos fisiológicos que possibilitem um melhor desempenho durante a germinação. Dentre as diversas fases de cultivo, a embebição é uma etapa crucial para a otimização dos processos de germinação e estabelecimento de plântulas. Descrever o processo de embebição dessas sementes contribui com informações a serem utilizadas para aumentar a viabilidade de sementes armazenadas. Assim, o presente estudo determinou a curva de embebição para sementes de girassol em água.
METODOLOGIA:
Os experimentos foram realizados com sementes de H. annuus L. cv. Catissol 01 doadas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). Para tanto, neste experimento utilizou-se três lotes de sementes contendo 150 indivíduos. Inicialmente, os lotes foram pesados para obtenção da massa inicial. Em seguida, todos os lotes foram embebidos em um volume de 150 mL de água destilada. Em cada intervalo de observação, as sementes foram enxutas com papel toalha e pesadas novamente. As pesagens foram realizadas em três intervalos de tempos diferentes: inicialmente a cada 10 min durante 1 h; em seguida, 30 min durante 5 h e depois a cada 6 h até completar um período de observação total de 48 h.
RESULTADOS:
A germinação de sementes só é possível devido a uma série de mudanças metabólicas que ocorrem durante a absorção de água. Em geral, o processo de embebição apresenta um padrão trifásico. A fase I é caracterizada pela absorção rápida de água e encerra no momento em que o conteúdo de água da semente é mantido relativamente constante; a fase II é caracterizada por um intervalo de preparação e ativação metabólica para a germinação; enquanto que a fase III é marcada pela germinação e crescimento. Nas sementes de girassol cv. Catissol 01 verificou-se que a massa das sementes dobrou em aproximadamente 9 h de observação. A fase I da embebição encerrou em 18 h, onde a massa das sementes se manteve constante. Após este período, a curva apresentou apenas um discreto incremento até o fim do experimento. Neste, a partir de 30 h observou-se uma falta de precisão nas aferições de massa dos lotes que possivelmente pode estar associado a danos de membrana. Embora a fase II da germinação seja contínua à fase I, o tempo de observação não foi suficiente para determinar o limite entre a fase II e III.
CONCLUSÃO:
As sementes de girassol apresentaram um pico de absorção a partir de 18 h de embebição. Em geral, curvas de embebição apresentam padrão trifásico. Contudo, o terceiro estádio do processo não foi observado. Mais estudos devem ser realizados para caracterizar todos os estádios germinativos das sementes desta espécie.
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq; Empresa de Pesquisa Agropecuária do rio Grande do Norte - EMPARN
Palavras-chave: Embebição, Girassol, Biodiesel.