62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 7. Educação Infantil
AS DIFICULDADES NA INCLUSÃO DE ALUNOS COM NECESSIDADES ESPECIAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE MACAPÁ.
Carla Matos Cardoso Da Silva 1
Isabel Cristina dos Santos Oliveira 2
Romualdo Tavares de Oliveira 3
Sula Beatriz dos Santos Ferreira 1
Waldson César Sales de Sousa 1
1. Universidade Vale do acaraú-UVA/AP
2. Profª da Universidade Vale do Acaraú-UVA/AP
3. Profº da Universidade Vale do Acaraú-UVA/AP
INTRODUÇÃO:

O presente trabalho procurou investigar as dificuldades que os professores enfrentam com a inclusão de alunos com necessidades especiais na educação infantil na rede municipal de ensino de Macapá, visto que a partir da década de 90 as discussões referentes a educação de pessoas com necessidades especiais começaram a ganhar consistência. A LDBEN 9.394/96 em seu capítulo V determina que a educação dos portadores de necessidades especiais deve se dá de preferência na rede regular de ensino. Sabe-se que muitos docentes não se sentem preparados para atender este público. Muitos trabalhos científicos indicam lacunas na formação inicial e, principalmente, na formação continuada. Desse modo, este trabalho procurou investigar as dificuldades enfrentadas pelos professores da educação infantil da rede municipal de ensino de Macapá na inclusão das crianças com necessidades especiais no ensino regular.

METODOLOGIA:

Foram entrevistados nesta pesquisa 10 professores de 05 escolas da rede municipal de ensino na cidade de Macapá, onde foi aplicado um questionário com perguntas fechadas, onde as mesmas foram tabuladas e analisadas numa perspectiva quantitativa.

RESULTADOS:

 Os resultados da pesquisa apontam que 90% dos professores da educação infantil são graduados e 10% são pós- graduados. Quanto ao tempo que atuam na escola, 60% disseram está a mais de 5 anos na escola, 30% estão a menos de 1 ano e 10% atuam entre 4 e 5 anos. Ao serem indagados se já haviam feito algum curso de formação continuada que os ajudassem a trabalhar com alunos que necessitam de atendimento especial, 70% afirmaram que já participaram de algum curso, 30% disseram não ter participado. Com relação as maiores dificuldades enfrentadas ao se trabalhar com a educação especial, 32,4% disseram ser a falta de material didático especializado, 22,5% afirmaram ser a falta de apoio familiar, 19,3% apontam a falta de formação adequada do professor, 12,9% responderam ser a falta de espaço físico adequado e 12,9% apontam a falta de formação dos funcionários da escola.

CONCLUSÃO:

Diante dos resultados do presente trabalho, conclui-se que é necessária a formulação de políticas públicas efetivas que garantam a formação continuada dos professores que atuam com o ensino especial, principalmente, com relação a pós- graduação relacionada essa modalidade de ensino. É necessário também que a Secretaria de Educação do Município de Macapá garanta a existência de cursos voltados para a educação especial periodicamente aos docentes de sua rede de ensino. Por outro lado, a mantenedora precisa também garantir a presença massiva de materiais didáticos voltados à educação especial para que os docentes possam buscar a qualidade da aprendizagem dos alunos com necessidades especiais. Além disso, é imperativo que a escola crie mecanismos que viabilize a participação da família no acompanhamento dos alunos com necessidades especiais.

Instituição de Fomento: UNIVERSIDADE VALE DO ACARAÚ-UVA/AP
Palavras-chave: Educação Infantil, Inclusão, Educação Especial.