62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem
USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS ENTRE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM DA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Solane Pinto de Souza 1
Valdelize Elvas Pinheiro 1
1. Universidade do Estado do Amazonas - UEA
INTRODUÇÃO:
Este estudo teve o objetivo geral de analisar a utilização de substâncias psicoativas entre universitários do curso de enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas ESA/UEA, e objetivos específicos de pesquisar o consumo de substâncias psicoativas entre os acadêmicos quanto às condições sociodemográficas (idade, sexo, religião, estado civil, renda, procedência da capital ou interior); identificar quais as substâncias psicoativas, lícitas e/ou ilícitas, são mais utilizadas pelos universitários; investigar se o uso dessas drogas foi iniciado antes ou depois do ingresso na universidade; descrever os motivos apontados pelos universitários para o uso dessas substâncias e averiguar o conhecimento dos universitários quanto às ações, reações e efeitos colaterais decorrentes do uso dessas substâncias. A academia pode ser considerada uma das épocas mais difíceis, onde são vividas novas experiências, e esse fato pode predispor o consumo de substâncias psicoativas como uma forma de escapar do estresse, ou como estimulante para potencializar os estudos e trabalhos acadêmicos, assim como outras variáveis que este trabalho pretendeu investigar.
METODOLOGIA:
Tratou-se de um estudo descritivo e exploratório, com abordagem quantitativa com 220 acadêmicos do curso de enfermagem da ESA/UEA. Foi utilizado um questionário com perguntas fechadas aplicado de forma aleatória aos presentes em sala de aula e posteriormente recolhidos. Os dados foram registrados nos roteiros de entrevista e constituíram um banco de dados que foi analisado pelos responsáveis pela pesquisa.
RESULTADOS:
Os resultados revelaram que 86 (39,09%) estudantes fazem uso de alguma substância psicoativa, destes, 25 (29,07%) têm idade igual ou acima de 29 anos, 55 (64,71%) são do sexo feminino, com renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, 60 (70,95%) são católicos e 70 (85,37%), solteiros. As substâncias psicoativas mais usadas foram: 71,8% para o álcool, 17,1% tabaco, 5,1% ansiolíticos, 3,4% anfetaminas, 2,6% inalantes, 64% iniciaram uso antes de seu ingresso na universidade. Os principais motivos para uso foram 34 (22,76%) por diversão, e 32 (21,33%) para diminuir o estresse, e mais de 85% dos estudantes responderam ter conhecimento das ações, reações e efeitos colaterais dessas drogas. Esses achados revelam a necessidade de estratégias por parte das instituições de ensino para promover a prevenção e conscientização ao uso de substâncias psicoativas devido aos problemas que estas podem causar ao organismo e a vida do usuário de uma forma geral.
CONCLUSÃO:
Observou-se neste estudo que os universitários da ESA/UEA tem um perfil de uso de substâncias psicoativas semelhantes aos estudantes de outras regiões do Brasil. Encontrou-se um número elevado de usuários dessas drogas, principalmente ao consumo de álcool e tabaco. Diante disto sugere-se as instituições formadoras dos futuros profissionais de saúde a elaboração de estratégias para a prevenção e conscientização ao uso de drogas nessa população, assim como apoiar aqueles alunos que desejem abandonar o uso dessas drogas, principalmente pela crescente disseminação do consumo na população em geral, aos crimes hediondos muitas vezes cometidos por usuários e conseqüências graves ao próprio usuário e população. É necessário que se tomem medidas de impacto na vida desses estudantes, buscando intervir no uso de tais drogas, promovendo eventos que difundam informações aos universitários sobre os meios de prevenção contra o uso.
Palavras-chave: substâncias psicoativas, universitários, enfermagem.