62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 4. Botânica - 3. Fisiologia Vegetal
CONCENTRAÇÃO DE PROLINA EM FUNÇÃO DO TEMPO DE ESTRESSE HÍDRICO EM RAÍZES DE MUDAS DE ANDIROBA( Carapa guianensis ).
Hugo Amancio Sales Silva 1
Hadrielle Karina Borges Neves 1
Monyck Jeane dos Santos Lopes 1
Flavio José Rodrigues Cruz 1
Teresa Cristina Huerb de Aquino 1
Roberto Cezar Lobo da Costa 1, 2
1. Instituto de Ciências Agrárias/ Laboratório de Fisiologia vegetal Avançada, UFRA
2. Prof. Orientador
INTRODUÇÃO:
Dentre as diversas espécies preferenciais para projetos de reflorestamento, inclusive em SAFs, a andiroba (Carapa guianensis Aubl.), espécie pertencente à família Meliaceae, tem sido bastante cogitada em razão de seu potencial econômico. Essa espécie tem ampla distribuição geográfica, sendo encontrada desde os Neotrópicos à África Tropical. Ocorre no sul da América Central, Colômbia, Venezuela, Suriname, Guiana Francesa, Peru, Paraguai.No Brasil, é encontrada principalmente na bacia Amazônica, nas várzeas próximas ao leito de rios e faixas alagáveis, com menor ocorrência em áreas de terra firme. Isto indica que a espécie pode se adaptar a diferentes ecossistemas. Na presença de déficit hídrico, as plantas podem utilizar mecanismos de tolerância, como o ajuste osmótico, para que a célula absorva água e mantenha o potencial de pressão em níveis adequados, além disso a diminuição do potencial osmótico, em reposta ao déficithídrico, pode resultar em um aumento da concentração passiva de solutos, conseqüência da desidratação da célula ou da acumulação ativa de solutos, mas só esta última pode ser considerada como ajuste osmótico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do estresse hídrico sobre as concentrações de prolina e raízes de mudas de andiroba.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), foram utilizadas plantas de andiroba (Carapa guianensis Aubl.), cultivadas em vasos com 0,45 m de altura por 0,18 m de diâmetro, com substrato composto de três partes de terra e uma parte de areia lavada, sobre uma camada de 0,02 m de pedras britadas, sendo feita a adubação necessária. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado em fatorial 2x3 (condições hídricas x três épocas), com 5 repetições, formando 30 unidades experimentais. As plantas permaneceram em casa de vegetação durante 45 dias para fase de aclimatação sendo irrigadas diariamente com água. Após este período as plantas foram submetidas a 0, 15 e 30 dias de restrição hídrica. As plantas foram coletadas e separadas em partes: raiz, caule e folhas, em seguida foram secas em estufas de circulação de ar forçada a 70 º C para determinação da massa seca. As Raízes secas foram moídas em moinhos usando-se peneiras de 20 mesh para obtenção da "farinha" .Os resultados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.
RESULTADOS:
Observou-se um aumento na concentração de prolina em 576 % nos 15 primeiros dias, passando de 0,4968 µmoles para 2,8198 µmoles. Nas plantas que passaram 30 dias de estresse, ocorreu um aumento na concentração de prolina de 1296,4% comparado com as plantas controle.
CONCLUSÃO:
A deficiência hídrica de 15 e 30 dias foram o suficientes para aumentar os níveis de prolina expressivamente nas raízes de mudas de andiroba.
Instituição de Fomento: UFRA
Palavras-chave: Prolina, Andiroba, deficiência hídrica.