62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 12. Ensino de Ciências
OFICINAS DE BIOLOGIA: UMA FERRAMENTA DIDÁTICA ITINERANTE COMO SUBSÍDIO DE DIVULGÃO CIENTÍFICA
Adriana Damasceno Pereira Pinto 2, 4, 1, 3
Magnólia Fernandes Florêncio de Araújo 2, 1
Elineí Araújo de Almeida 2, 6, 1, 5
Danielly Ferreira Torres 2, 4, 1, 3
Vagner Lázaro Dantas e Silva 1, 5
1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte
2. Centro de Ciências Exatas e da Terra
3. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática - PPGECNM
4. Aluna Especial do Mestrado - PPGECNM
5. Bacharel em biblioteconomia e documentalista
6. Profª. /Dra. Orientadora - PPGECNM
INTRODUÇÃO:
As histórias da biologia e da microscopia andam juntas. Ao aumentar a qualidade desse instrumento, aprendia-se mais sobre as estruturas celulares. Contudo, os conhecimentos biológicos adquiridos estiveram associados a observações de estruturas diversas e microscópicas. A elaboração de um modelo biológico é fundamental na construção do saber, uma vez que contribui na ampliação de recursos para a compreensão e visualização de unidades microscópicas. É comum em nossas escolas a carência de materiais didáticos e laboratórios para maior apropriação de conhecimentos. Sabemos também que a realidade torna-se conhecida quando se interage com ela, modificando-a física e mentalmente, permitindo construir novas possibilidades de ação e de conhecimento. Dessa forma, esse trabalho tem por objetivo construir modelos e relativizar certezas pelo simples recriar, pela franca subversão do real através das transcendências do concreto de modo que permitam a reconstrução e superação de saberes, ao se tornar sujeito ativo na promoção de uma aprendizagem significativa. Objetiva-se ainda a disseminação e divulgação dos modelos produzidos e conhecimentos adquiridos para outras comunidades, tornando-se sujeitos ativos na construção de conhecimentos e justificando a função itinerante do projeto.
METODOLOGIA:
O estudo inicia-se com aulas expositivas para alunos do ensino médio de uma escola particular, na cidade de Natal/RN, por volta três anos, considerando os aspectos morfofuncionais das estruturas biológicas. Em seguida foram atribuídas tarefas aos alunos para que construíssem modelos biológicos baseados em documentos diversos. Pesquisas bibliográficas feitas por palavras-chave com o nome das estruturas, principalmente microscópicas, foram empreendidas para que fossem encontrados os conhecimentos para construção dos modelos. Como materiais práticos, sugeriram-se: bolinhas de isopor, massa de modelar, gel, tintas, lápis para colorir, e outros. A etapa seguinte constou da elaboração das estruturas, envolvendo os conhecimentos científicos apreendidos, correlacionando associações e analogias às figuras e materiais biológicos diversos promovendo, assim, interações entre componentes acerca do melhor modelo representativo para a estrutura a ser construída. Estes modelos também foram utilizados como elementos de divulgação de saberes sistematizados no percurso da aprendizagem, em outros ambientes, além das escolas dos alunos participantes, promovendo, assim uma exposição itinerante. Ao final dos trabalhos os alunos foram avaliados e receberam notas atribuídas por profissionais da área.
RESULTADOS:
Como resultado desse trabalho apresentamos os vários modelos biológicos produzidos durante o estudo, com alunos de três escolas de Natal, da educação básica, bem como a participação destes alunos na divulgação do saber científico resultante da produção dos diversos materiais didáticos e itinerantes. Segundo Galiazzi (2007), "aprendizagens reconstrutivas implicam em assumir que não há verdades a serem absorvidas a partir do saber dos outros, mas que os saberes se transformam do operar-se com eles". Com base nisso a socialização e a interação entre os componentes para a produção dos modelos distanciou os alunos dos conceitos prontos e acabados propiciando uma maior discussão e troca de idéias, favorecendo o processo de aprendizagem e a construção de novos saberes.
CONCLUSÃO:
A produção de modelos biológicos, didáticos e itinerantes é de fundamental importância, pois contribui para a compreensão de conhecimentos das ciências. Construir modelos e relativizar certezas pelo simples recriar, pela franca subversão do real através das transcendências do concreto de modo que permita a reconstrução e superação de saberes, ao se tornar sujeito ativo na promoção de uma aprendizagem significativa. E ainda a disseminação dos modelos produzidos para outras comunidades, bem como a divulgação dos conhecimentos adquiridos enquanto sujeito ativo na construção do saber. O presente trabalho mostrou relevância através de relatos de alunos que ao produzir o modelo e depois divulgar o seu saber sentiam-se valorizados, úteis e importantes ao participar de eventos diversos divulgando a ciência através da arte. Ao final dos trabalhos os alunos são avaliados e suas notas altas dadas por profissionais da área mostram certo deslumbramento e valorização dos alunos em participar dos eventos e divulgar o saber. Espera-se que este trabalho venha a contribuir de forma eficiente, junto à comunidade acadêmica, para a divulgação do saber na comunidade científica.
Instituição de Fomento: Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Palavras-chave: oficinas de biologia, divulgação científica, ensino de ciências.