62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 5. Ecologia - 2. Ecologia Aquática
DETERMINAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA EM ESTUÁRIOS DO RIO GRANDE DO NORTE, ATRAVÉS DE TESTES ECOTOXICOLÓGICOS REALIZADOS COM O MICROCRUSTÁCEO Mysidopsis juniae.
Virgínia Eleonora Ferreira Batista 1
Guilherme Fulgêncio de Medeiros 2
Sinara Cybelle Turíbio e Silva Nicodemo 1
Larissa Isabelle Ferreira Batista Rocha 1
Izabel Cristina de Andrade 1
Jessica Roberts Fonseca 1
1. Depto. de Oceanografia e Limnologia, ECOTOX/LAB - UFRN
2. Depto. de Oceanografia e Limnologia, ECOTOX/LAB - UFRN Prof. Dr./Orientador
INTRODUÇÃO:
O deficiente tratamento e disposição de efluentes em países em desenvolvimento constitui um dos mais sérios fatores que contribuem para a deterioração de ecossistemas aquáticos. Essas fontes de poluição afetam a qualidade de corpos aquáticos para os organismos que lá habitam e a sua potabilidade para o ser humano. Este trabalho teve como objetivo a determinação da toxicidade aguda sobre o microcrustáceo Mysidopsis juniae, de amostras de águas coletadas em estuários do Rio Grande do Norte através de testes ecotoxicológicos qualitativos.
METODOLOGIA:
As coletas foram realizadas em duas campanhas. Ao chegar ao laboratório, as amostras foram congeladas por até 60 dias antes da realização dos testes (ABNT NBR 15469, 2007). A determinação da toxicidade aguda sobre filhotes de Mysidopsis juniae seguiu a metodologia descrita na NBR 15.308 (ABNT, 2005). Os resultados foram expressos como "TÓXICOS", quando a porcentagem de mortalidade na amostra foi significativamente maior do que no controle, ou "NÃO TÓXICOS", quando não houve diferença significativa. Como método estatístico utilizou-se o teste T de Student, quando os dados apresentaram-se paramétricos, e teste U de Mann-Whitney, quando os dados apresentaram-se não paramétricos (nível de significância: 0,05). Todas as análises foram realizadas através do software SigmaStat 3.5.
RESULTADOS:
Os resultados obtidos durante a 1ª campanha foram os seguintes: Não tóxico para todas as amostras - POT04 Rio Golandim, próximo a sua desembocadura; POT05, em frente ao dique da Base Naval; POT06, jusante do Canal do Baldo; POT07, em frente ao Iate Clube; POT08, vão central da ponte Nilton Navarro; CUR03, Barra de Cunha. Os resultados da 2ª campanha foram os seguintes: Não tóxico paras as amostras POT04, Rio Golandim, próximo a sua desembocadura; POT05, em frente ao dique da Base Naval; POT06, Jusante do Canal do Baldo; POT07, em frente ao Iate Clube; POT08, vão central da ponte Nilton Navarro; PIR08, ponte velha na RN 063 e CUR03, Barra de Cunhaú. A amostra MAX03, Maxaranguape apresentou toxicidade.
CONCLUSÃO:
Das amostras analisadas, apenas a coletada em Maxaranguape, na segunda campanha, apresentou toxicidade aguda em relação aos organismos testados. Não houve amostras testadas desse local na primeira campanha. Recomenda-se, em análises futuras, a investigação da toxicidade crônica das amostras, onde podem ser investigados outros efeitos, como fecundidade e crescimento.
Instituição de Fomento: Instituto de Defesa do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Norte- IDEMA
Palavras-chave: Mysidopsis juniae, Estuário, Ecotoxicidade.