Doenças Neurológicas trata-se de uma degeneração generalizada das células nervosas que transmitem aos músculos os sinais elétricos para o movimento, sua transmissão vai cessando e os músculos vão perdendo a atividade e se atrofiando. A Hemiparesia é uma doença causada por lesões da área corticospinal que corre abaixo dos neurônios corticais, responsável pelos movimentos dos músculos do corpo e seus membros, ocorrendo uma paralisia parcial de um lado do corpo. O exercício físico associado à suplementação alimentar que, tendo ação nutricional, farmacológica, fisiológica, psicológica e biomecânica, priorizam aumentar o tecido muscular, ofertar e produzir energia para o músculo, minimizar os efeitos da fadiga, aumentar o alerta mental, reduzir a gordura corporal. O propósito deste estudo é testar diferentes intervenções, com recursos nutricionais, sendo: 1. Suplementação com o Omega-3 (W-3); 2. Suplementação através de uma medicação manipulada, recomendada por um médico neurologista. Os procedimentos crônicos serão associados ao treinamento resistido a fim de aprimorar as capacidades físicas que são perdidas com o acarretamento da hemiparesia.

Utilizou-se pesquisa descritiva exploratória, com estudo de caso, um individuo do sexo masculino com 45 anos, portador de hemiparesia leve no lado esquerdo, caracterizado por mancar a perna esquerda. Este foi submetido a um programa de exercícios acompanhado por uma suplementação crônica durante 02 meses. Foi avaliada a composição corporal e testes físicos como: flexibilidade, força, resistência muscular, equilíbrio, agilidade, reflexo e coordenação motora, em três momentos: (M1) momento inicial: pré-avaliação; (M2) 1º mês de intervenção com o Omega-3 (W-3) e (M3) 2º mês de intervenção com a medicação manipulada, contendo - Ciclobenzaprina, controla o tônus muscular, Nortriptilina, antidepressivo tricíclico; Propanolol, anti-hipertensivo; e Fluoxetina, inibidor seletivo da captação da serotonina no nível do córtex. O programa de exercício foi dividido em 05 sessões semanais, sendo: dois dias na semana para o treinamento resistido; dois dias para treinamento resistido e aeróbio e; um dia somente para o aeróbio. No treinamento resistido, intercalamos exercícios para membros inferiores e superiores e cada treinamento aeróbio a duração de 30 minutos, realizado em uma esteira elétrica com a velocidade 5.5 km/h.

Os resultados foram analisados em percentuais, sendo (+) quando houve melhora e (-) quando não houve melhora: peso: M1=101.6, M2=99.45, e M3=96.4; IMC: M1=30.37, M2=29.69, e M3=28.79; Percentual de Gordura M1=30.1%, M2=29.9%, e M3=25%; Flexibilidade M2=15.81% e M3=0.40%; Força manual (Handgrip) - direita M2=7.14% e M3=6.66%, esquerda M2=5.95% e M3=46.06%; Força Lombar M2=16.48% e M3= -1.88%; Força Sub-Escapular M2=29.03% e M3= -12.5%; 1 RM no Supino - mão direita M2=20% e M3=manteve; mão esquerda M2=40% e M3=manteve; Força dos membros inferiores - direita M2=4.73% e M3= -0.34%, esquerda M2=5.15% e M3=7.96%; Resistência Muscular - Flexão de Braço M2=20% e M3=11.11%, Abdominal M2=manteve e M3=150%; Apoio Unipodal (Equilíbrio) perna direita M2=45.5% e M3=0.5%, perna esquerda M2=1% e M3= -1.2%; Romberg (andar sobre linha de 3 m) M2=2.4% e M3=1.8%; Agilidade (vestir camisa social) - Total M2=66.84% e M3= -17.08%, Punho direito M2=4.54% e M3= -0.14%, Punho esquerdo M2=9.62% e M3= -4.58; Reflexo (teste da Régua) mão direita M2=37% e M3= -52.38%; mão esquerda M2=65.21% e M3= -212.5%; Coordenação Motora (Teste Index Nariz, Joelho e Orelha) - obtivemos os resultados negativos, ou seja, executou corretamente em ambos momentos.

Dos itens avaliados, houve melhora em todos os aspectos, sendo importante a perca de peso e o percentual de gordura, principalmente depois da medicação manipulada. A piora no reflexo pode estar envolvida com a sonolência cujo voluntário passou a sentir com o medicamento manipulado. Melhora das forças dos membros direitos e esquerdos tenderam a se igualar reduzindo a diferença inicial. Aparentemente tanto o medicamento manipulado quanto o W-3 contribuíram com a melhora do paciente, entretanto o W-3 não apresentou efeitos colaterais como o medicamento manipulado. Certificamos também com estes dados a importância e influência do exercício físico constante no processo de recuperação do individuo e nos sugere que ele continue sendo executado, obtendo assim melhores resultados.