62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 8. Psicologia - 6. Psicologia do Desenvolvimento Humano
FELICIDADE A PARTIR DOS 30 ANOS: UM ESTUDO SOBRE O BEM ESTAR SUBJETIVO E A QUALIDADE DE VIDA
Daiane Cristina dos Santos 1
Joyce Ribeiro Luz 1
Leonardo Lemos de Souza 2
Eliara Baumgardt 1
1. Curso de Psicologia/CUR/Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
2. Prof.Dr. / Curso de Psicologia/CUR/Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT
INTRODUÇÃO:

Muitas são as definições de felicidade, e a maioria delas faz menção ao estado emocional positivo, com sentimentos de bem-estar e prazer, associados à percepção de sucesso e à compreensão coerente e lúcida do mundo. Talvez seja esse o motivo de grande parte das publicações não utilizar a denominação "felicidade", mas "bem-estar subjetivo". Todos os profissionais da área da psicologia devem ter noções de que a Psicologia não é só o estudo de patologia e fraqueza, mas também de força e virtude. De forma geral, diversos pesquisadores têm se preocupado em desvendar as relações entre felicidade e saúde mental. Sendo assim, o objetivo desta investigação é revisar criticamente as evidências científicas disponíveis sobre o estudo da felicidade, assim como averiguar o que é ser feliz para os brasileiros acima de 30 anos.

METODOLOGIA:

O desafio para quem se propõe à modalidade da pesquisa proposta é a obtenção de informações e dados empíricos confiáveis sobre a dimensão subjetiva do bem-estar. Como não é possível observar e medir de fora o bem-estar subjetivo, a saída encontrada para captar a felicidade das pessoas foi, simplesmente, perguntar a elas. Sendo assim, utilizou-se um questionário para se conhecer o bem-estar dos indivíduos. A pesquisa qualitativa descritiva desenvolvida para conhecer quais eram os projetos de vida das pessoas quando jovens, quais foram os projetos realizados, sentimentos frente à não realização deles e, a partir de tais experiências o que é ser feliz, realizou-se com vinte e sete pessoas, de ambos os sexos, de trinta à sessenta anos, na cidade de Rondonópolis/MT. Primeiramente, realizou-se uma revisão bibliográfica em estudos publicados que discutem a questão abordada. Logo após, foram distribuídos os questionários para as pessoas de maneira aleatória. Os dados das respostas obtidas no questionário foram comparados com estudos já realizados anteriormente.

RESULTADOS:
O estudo verificou que homens e mulheres têm objetivos parecidos. No campo sentimental, ambos os sexos esperam chegar à idade adulta com um casamento feliz; no campo educacional e profissional, ambos os sexos esperam concluir os estudos e serem profissionais de sucesso e, no campo material, esperaram possuir no mínimo um imóvel para a família. Analisando pesquisas anteriores pode-se perceber que o grau de felicidade é maior nos países em que a renda per capita é mais alta. Nesta fase da vida, o adulto desempenha papéis que são de fundamental importância para o desenvolvimento humano, visto ser estes os fatores que os conduzem à busca de uma felicidade
CONCLUSÃO:

Conclui-se que a felicidade é um fenômeno predominantemente subjetivo, estando subordinada mais a traços de temperamento e postura perante a vida do que a fatores externamente determinados. Todo adulto cria  um comboio de relações, o que inclui a família, os amigos e os parceiros. Essas relações tendem a ser sólidas e proporcionadoras de apoio para esta fase da vida, pois o adulto desempenha papéis que são de fundamental importância para o desenvolvimento humano, visto ser estes os fatores que os conduzem à busca de uma felicidade. Isto coloca a questão da felicidade dentro dos campos da Psiquiatria e da Psicologia, os quais vêm ampliando seus horizontes para além do alívio dos sintomas mentais. Porém, essa expansão ainda é incipiente, particularmente no que se refere a estudos em nosso meio, até o momento pouco realizado. Resultados nesse sentido podem vir a orientar estratégias de promoção da saúde mental que sejam específicas à população.

Palavras-chave: Felicidade, Bem-estar subjetivo, Vida adulta.