62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS: CENTRO DE CONVIVÊNCIA DA TERCEIRA IDADE NO MUNICÍPIO DE SANTANA DE CATAGUASES - MG
Fernanda Silva de Souza 1
Camila Serthore 1
Joelma Nepomuceno 1
Daiana Cristina da Silva 1
Silvane Vestena 1
1. Faculdade de Minas - FAMINAS
INTRODUÇÃO:
Hipertensão arterial é uma entidade multigênica, de etiologia múltipla, de fisiopatogenia multifatorial, que causa lesão dos chamados órgãos alvos (coração, cérebro, vasos, rins e retina). É uma doença assintomática e a investigação clínica deve identificar a etiologia e os fatores de risco associados, como, hereditariedade, idade, tabagismo, sedentarismo, obesidade e hábitos alimentares (consumo de sal, álcool, alimentos densamente energéticos) que possam influir no prognóstico e na orientação terapêutica. As alterações próprias do envelhecimento tornam o indivíduo mais propenso ao desenvolvimento de hipertensão arterial, sendo esta a principal doença crônica nessa população. No Brasil, aproximadamente 65% dos idosos são portadores de hipertensão arterial sistêmica, numa prevalência de até 80% entre mulheres com mais de 65 anos. Considerando que em 2025 haverá mais de 35 milhões de idosos no país, o número de portadores de hipertensão arterial tende a crescer. Neste contexto, este estudo objetivou avaliar a prevalência da hipertensão arterial em idosos do Centro de Convivência da Terceira Idade de Santana de Cataguases, analisando os comportamentos relacionados à saúde, a práticas e o conhecimento do idoso hipertenso quanto às opções do tratamento anti - hipertensivo.
METODOLOGIA:
Foi aplicado um questionário a 25 idosos com faixa etária de 60 a 85 anos do Centro de Convivência da Terceira Idade do Município de Santana de Cataguases, MG. O questionário retoma a questões sobre a hipertensão (controle, hereditariedade, uso de medicamentos), estilo de vida (sedentarismo, tabagismo, estresse), além de questões sobre o consumo alimentar.
RESULTADOS:
A maioria dos participantes da pesquisa, 64%, disseram ser hipertensos, apresentando também outros casos na família, o que demonstra uma alta prevalência da doença neste grupo. Neste grupo foi percebido que 80% dos idosos apresentam estresse, uma importante causa de hipertensão. Quanto ao tratamento farmacológico, 48% o fazem, 20% somente às vezes e 32% não utilizam. No entanto, a etapa inicial do tratamento da hipertensão pode não ser farmacológica, já que uma dieta adequada e um estilo de vida saudável contribuem para a eficácia do tratamento. Em relação ao estilo de vida, mais de 60% dos entrevistados consomem gordura animal e frituras, hábito este que pode tanto levar ao surgimento quanto ao agravo de um quadro hipertensivo. Ao mesmo tempo, a maioria, 96% dos idosos, não são tabagistas, 72% não utilizam sal à mesa e cerca de 80% deles praticam alguma atividade física e consomem frutas diariamente, hábitos indispensáveis para uma vida saudável e que sugerem interesse deste público à busca de meios para o controle da doença.
CONCLUSÃO:
Embora grande parcela dos idosos seja hipertensa, percebe-se que os mesmos buscam alternativas para o controle da doença. No entanto, a promoção de ações que minimizem o estresse e esclarecimentos sobre corretos hábitos alimentares, principalmente no que se refere ao consumo de lipídios saturados, poderão ser de grande relevância para a garantia de melhores resultados.
Palavras-chave: Hipertensão, Idosos, Consumo alimentar.