62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 3. Educação Ambiental
TRATAMENTO DO LIXO NAS EMBARCAÇÕES DE RECREIO INTERMUNICIPAIS QUE APORTAM NA CIDADE DE PARINTINS/AM.
Edilson Albuquerque Vieira 1
Marieta Nascimento de Queiroz 1
Nara Maria Reis Carneiro Koide 1
Silas Camarão Bruce 1
Vicente de Paulo Silva de Azevedo 1
Naimy Farias de Castro 1, 2
1. Universidade do Estado do Amazonas
2. Profa. MSc. Orientadora
INTRODUÇÃO:
Os rios da Amazônia apresentam diversos potenciais em suas redes hidroviárias, dentre eles o de transporte humano, através das embarcações com diferentes capacidades. Segundo dados da Capitania dos portos do município de Parintins/Am., dezenove embarcações especializadas em condução de cargas e passageiros, aportam diariamente na cidade. Com esta atividade há uma produção significativa de lixo, visto que não há devida importância quanto à coleta e destinação final. Este fato pode afetar a qualidade do ambiente aquático, pois ainda é comum a deposição desses resíduos nos rios, comprometendo a vida de animais e plantas, afetando seu metabolismo ou proporcionando o aumento das populações de macro e micro vetores de importância epidemiológica (LIMA, 1991). Dessa forma, o tratamento adequado dos resíduos sólidos nas embarcações é de extrema importância, para evitar que os mesmos atinjam os rios. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é conhecer o tratamento do lixo produzido pelas embarcações de "recreio" que aportam na cidade de Parintins/Am., proveniente de outros municípios do Estado.
METODOLOGIA:

A pesquisa foi realizada através de dados amostrais, onde foi realizada visita técnica nas embarcações que realizam trajetos para outras cidades do estado do Amazonas a fim de se conhecer o tratamento dados ao lixo produzido durante as viagens. Também foi realizada entrevista com os responsáveis e a tripulação das embarcações, priorizando questões referentes ao conhecimento das leis ambientais, tipo de resíduo mais produzido, coleta e destino final do lixo. As embarcações visitadas foram as que estavam em procedimento de viagem.

RESULTADOS:
Foram abordadas cinco embarcações que realizavam viagens com diferentes percursos. As embarcações apresentavam lotação que variaram entre 50 a 226 passageiros. Dos responsáveis entrevistados, 60% declararam conhecer as leis ambientais que orientam o tratamento do lixo, porém admitiram que sua aplicabilidade é precária. Quanto ao tipo de resíduos mais produzidos todos declararam que o plástico é o mais produzido nas embarcações e que o destino final é a Estação Portuária de Parintins. A quantidade de resíduos plásticos varia entre 30 a 100 Kg por viagem, dependendo da lotação e quantidade de passageiros. Todos declararam orientar seus tripulantes quanto ao tratamento adequado do lixo. Quando se perguntava se algum tipo de resíduo era descartado no rio, apenas um declarou descartar somente a matéria orgânica, porém, ainda há descarte não orgânicos realizados, principalmente pelos passageiros. Há uma grande preocupação com a destinação final do lixo, que parte é de responsabilidade dos proprietários e outra da administração portuária. O problema consiste na forma inadequada de recebimento dos resíduos, pois não existem coletores específicos na balsa para receber o lixo que chega, possibilitando o rompimento das embalagens e o derramamento no rio ou a atração dos carniceiros.
CONCLUSÃO:

Nas embarcações pesquisadas, a problemática do lixo ainda é uma constante, apesar do conhecimento das Leis Ambientais com o tratamento do lixo, ainda é necessário intensificar as campanhas educativas junto aos tripulantes e aos passageiros. Com base nos resultados obtidos, pode-se considerar que o trato com o lixo é positivo, porém, foi possível observar que ainda falta melhorar alguns aspectos quanto à quantidade de coletores nas embarcações, campanhas educativas entre tripulantes e passageiros e gerenciamento dos resíduos sólidos na Estação Portuária.

Instituição de Fomento: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas
Palavras-chave: Lixo, Tratamento, Embarcações.