62ª Reunião Anual da SBPC |
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 7. Enfermagem |
UM OLHAR DA ENFERMAGEM NA REABILITAÇÃO DE MULHERES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO |
Isabelle Silva de Albuquerque 1 Geórgia Freitas Dias 2 Fernanda Jorge Magalhães 3 Germana Freitas Dias 4 Nila Larisse Silva de Albuquerque 5 Francisca Elisângela Teixeira Lima 6 |
1. Universidade Potiguar 2. Universidade Federal do Ceará 3. Universidade Federal do Ceará 4. Universidade Federal do Ceará 5. Universidade Federal do Ceará 6. Profa.Doutora da Universidade Federal do Ceará/Orientadora |
INTRODUÇÃO: |
O acidente vascular encefálico (AVE) é uma síndrome neurológica complexa envolvendo anormalidade usualmente súbita do funcionamento cerebral decorrente de uma interrupção da circulação cerebral ou de hemorragia. Atualmente constitui a primeira causa de morte entre as doenças cerebrovasculares no Brasil, principalmente entre mulheres, onde os coeficientes são os mais elevados quando comparados a países do hemisfério ocidental. O AVE é gerador de incapacidades crônicas, com perdas de independência e autonomia, de forma que pessoas acometidas por AVE permanecem com seqüelas por algum tempo, ou pelo resto da vida. Assim, torna-se fundamental a atuação dos profissionais da Estratégia Saúde da Família no desenvolvimento de ações primárias e terciárias com o propósito de manter a qualidade de vida e (re) inserção na sociedade. Tem-se como objetivo neste estudo conhecer as mudanças ocorridas em mulheres acometidas pelo AVE em processo de reabilitação e destacar o papel dos profissionais de saúde neste contexto. |
METODOLOGIA: |
Estudo exploratório-descritivo, qualitativo, desenvolvido |
RESULTADOS: |
Os achados revelam que seis mulheres têm como principal mudança os déficits físicos, envolvendo as esferas de bem estar físico e social; e como conseqüência a dificuldade da realização de suas atividades diárias. No caso das seis mulheres, a fisioterapia é a única reabilitação utilizada. É importante ressaltar que até o momento em que ocorreu o acidente vascular, as mulheres se encontravam sadias e ativas, passando, abruptamente, para uma situação de dependência total, situação esta que geralmente assusta o indivíduo e estressa a família. Foi percebido que apenas duas mulheres deixaram de realizar suas atividades diárias, bem como o autocuidado, ou hoje as fazem com dificuldades. Essa condição é influenciada por baixa auto-estima e autoconfiança e pode comprometer as suas possibilidades de administrar a vida pessoal e familiar. Viu-se que as mulheres apresentaram déficit motor do lado esquerdo, afetando diretamente suas atividades domésticas, conseqüentemente interferindo em seu papel na família e exigindo a presença de um cuidador. |
CONCLUSÃO: |
As ações de reabilitação permitem a pessoa acometida de AVC manter-se ativa em seu meio social, melhorando desta forma a adaptação às seqüelas e incapacidades advindas com a doença. A atuação de uma equipe multidisciplinar é essencial para a promoção da qualidade de vida deste grupo de pacientes. Neste contexto, a Enfermagem deve utilizar- se de conhecimentos científicos, na busca de melhorias no processo saúde-doença dessas mulheres acometidas pelo AVE. Ressalta-se a importância da ajuda de profissionais e familiares, que motivem a pessoa em reabilitação, a voltar ao seu convívio social e executar as atividades da vida diária. |
Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico, Enfermagem, Reabilitação. |