62ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 3. Física - 2. Ensino de Física
PARADOXO HIDROSTÁTICO COMO UMA FERRAMENTA EXPLORATÓRIA NO ENSINO DE FÍSICA.
Querem Hapuque Felix Rebelo 1
Luciana da Cunha Ferreira 1
1. Universidade Federal do Amazonas
INTRODUÇÃO:
O ensino de Física tem-se realizado freqüentemente mediante a apresentação de conceitos, leis e fórmulas, de forma desarticulada, distanciados do mundo vivido pelos alunos e professores e não só, mas também por isso, vazios de significado. Privilegia a teoria e a abstração, desde o primeiro momento, em detrimento de um desenvolvimento gradual da abstração que, pelo menos, parta da prática e de exemplos concretos (BRASIL, 2000, p.22). Nesse sentido, é importante colocar os alunos em contato com a Física, por meio de experimentos simples que demonstrem a manifestação dos fenômenos físicos, para que os conceitos aprendidos em sala de aula sejam relacionados aos conceitos envolvidos no experimento, fornecendo assim, condições para que os novos conhecimentos possam ser ancorados na rede de significados. Este trabalho busca clarear o conceito sobre o Princípio de Arquimedes e tornar estas respostas conseqüências naturais de uma discussão proveniente da experimentação. A atividade foi elaborada com materiais de baixo custo, permitindo que o aluno do Ensino Médio possa realizá-las tanto em sala de aula como em sua casa.
METODOLOGIA:
No referido experimento utilizamos um recipiente transparente com 80 ml de água e uma lata de alumínio com 350 ml de água. Levamos em consideração o raio de base de ambos recipientes. Coloca-se a lata de alumínio dentro do recipiente transparente e o aluno observará que a lata flutua em água. Depois de fazer a demonstração do Paradoxo Hidrostático o professor faz uma abordagem matemática que irá explicar o paradoxo. Em seguida o aluno também pode comprovar a demonstração matemática utilizando diferentes tipos de fluidos (álcool, refrigerante e detergente) e com isso construir uma ponte de ligação entre Física e a Matemática. Parte do desenvolvimento da experiência do Paradoxo Hidrostático foi baseado no trabalho de Silveira e Medeiros (2009).
RESULTADOS:
Durante a demonstração experimental podemos perceber que os alunos que observam, impressionam-se com os fenômenos físicos apresentados, proporcionando então um melhor entendimento do Paradoxo Hidrostático. A aprendizagem significativa de conceitos como empuxo, peso e o Princípio de Arquimedes foram facilitados com a utilização do aparato simples de ser construído. A contextualização uma vez orientada pela discussão verbal e simbólica do assunto ministrado pelo professor ajuda o aluno a criar as estruturas do pensamento que possibilitem a compressão do fenômeno Paradoxo Hidrostático.
CONCLUSÃO:
O desenvolvimento de tais atividades pode facilitar a construção de afetividade entre professor e aluno, característica que facilita uma aprendizagem significativa. Foi possível verificar que essa metodologia de ensino facilita o processo de ensino aprendizagem do aluno, pois o mesmo é estimulado a pensar e entender um fenômeno curioso e paradoxal. É importante que o professor possa valer-se de algumas estratégias para combater a situação de apatia dos alunos com relação à Física, e isto inclui o uso de criatividade e novas tecnologias de ensino. A realização desta experiência nos mostrou que os estudantes desejam saber sobre as características visuais do problema mais do que a explicação física dos fenômenos.
Palavras-chave: Arquimedes, Paradoxo, Experiência.