62ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 13. Serviço Social - 6. Serviço Social do Trabalho
PERFIL SOCIOECONÔMICO DE UMA ASSOCIAÇÃO DE MULHERES PARA PLANTAÇÃO E BENEFICIAMENTO DE ALGAS EM PITANGUI/RN
Vanúsia Araújo 1
Luciene Avanzini 1
Suzana joffer 1
winifred knox 1
1. Faculdade de Excelência Educacional do Rio Grande do Norte - FATERN
INTRODUÇÃO:
O presente trabalho é parte do projeto de pesquisa "Consolidação da Associação de Maricultura e Beneficiamento de Algas de Pitangui-AMBAP/RN", coordenado pela professora Dra. Winifred Knox junto a equipe de professores e alunos FATERN, tendo sido selecionado pelo 12º Concurso Universidade Solidária e Banco Santander em 2009. O que ora se apresenta é o resultado da primeira parte da atuação do Serviço Social na intervenção realizada na comunidade de Pitangui/Extremoz e mais especificamente da AMBAP que consistiu no levantamento dos principais aspectos referentes as características culturais e sócio - econômicas desse grupo que é majoritariamente formada por mulheres que têm como último fim, o plantio, a coleta e o benenficiamento de algas para produção e venda de sabonetes.
METODOLOGIA:
Para uma maior aproximação com a realidade em estudo, foram realizadas visitas ao campo, entrevistas com questionário sócio-economico, reuniões com os membros da associação, e promoção de cursos com enfoque no associativismo.
RESULTADOS:
Visando avaliar principalmente a relação de tempo freqüentado no Ensino formal e informal que as mulheres membros da AMABAP tinham, a sua renda familiar, o processo de trabalho e as relações de gênero frente as estruturas de dominações masculinas. Obtivemos o seguinte resultado: os 17 associados (15 mulheres e dois homens)destas mulheres, a maioria é nascida em Pitangui, moradoras há mais de 10 anos, casadas e a maioria tem mais de 30 anos; somente uma jovem de 24 anos não tem filhos; a maioria fez o ensino fundamental I, 44% são analfabetas; 86% tem renda familiar somando um salário mínimo somando as transferências governamentais como os programas Bolsa Familia.Cem por cento tem casa própria. Pode-se dizer que em geral desconhecem sua autonomia, seu poderes de liderança no lar, delegando esse poder de decisão familiar ao homem, tem uma rotina de trabalho geral e o processo de trabalho como pescadoras e plantadoras de algas ainda não sistematizado, efetivo e implementado enquanto trabalho diário.
CONCLUSÃO:
Além do aspecto técnico, nosso projeto visou resgatar a auto-estima das maricultoras, que dedicadas ao trabalho da coleta e a administração de seus lares, ainda se vêem como coadjuvantes, vítimas de uma cultura machista que as coloca no lugar de submissão ao marido. Portanto oficinas de história de vida e valorização das mulheres chefes de família fazem parte da execução deste projeto.
Instituição de Fomento: Universidade Solidaria - Unisol
Palavras-chave: Gênero, Associativismo, Extensão Universitária.