A presente pesquisa investiga sobre educação, formação docente e desenvolvimento humano. No contexto histórico atual de acentuada exclusão social, as alternativas possibilitadoras de formação integral do indivíduo e sua plena inserção na sociedade se tornam necessárias em virtude da acentuada crise nas relações sociais e nos modelos produtivos. Considerando esse quadro a pesquisa aponta para a necessidade de implementar estudos investigativos que possibilitem novos olhares teórico e metodológicos para o enfrentamento das problemáticas pedagógicas da Linguagem, da Educação Social, da Formação Profissional e da Inclusão Social, procurando realçar paradigmas que dêem suporte para estratégias de formação cidadã, com vista à emancipação dos oprimidos (FREIRE, 2003).

A pesquisa está vinculada ao GRUPO DE ESTUDOS E PESQUISA EM LINGUAGENS, FORMAÇÃO PROFISSIONAL DOCENTE E INCLUSÃO SOCIAL (GELFOPIS), certificado pelo CNPQ, bem como a linha de pesquisa políticas educacionais, formação docente e inclusão social. Para consubstanciar a investigação, utilizamos metodologicamente os procedimentos de pesquisa bibliográfica, análise documental, pesquisa virtual e trabalho de campo. Os sujeitos colaboradores serão uma turma de ensino médio e sua professora de Biologia. O campo empírico será uma escola da rede estadual do município de Macau-RN.

Os referenciais teóricos que tratam das temáticas sinalizam que a educação social é um processo de formação humana, ou de hominização, como diria Paulo Freire, devendo, por isso ser foco central nas discussões dos cursos de formação de professores. A formação docente para educação social é de natureza social e propõe discussões emancipadoras sobre as condições existenciais que demarcam os aspectos subjetivos, culturais, materiais, históricos, entre outros, em que homens e mulheres se constituem humanos. Constatamos que a educação é a mola propulsora par o Desenvolvimento Humano. Assim, entendemos que a Inclusão-Integração Social será, de fato, alcançada quando a Política Pública Educativa no cenário nacional e local privilegiar, nos espaços escolares e não-escolares, uma sólida formação inicial que mobilize a diversidade dos saberes, boas condições de trabalho, melhorias salariais, melhorias institucionais e significativos planos de carreira, à luz do debate emancipador e humanizador que deve envolver alunos e professores em processos de formação docente.

Diante da investigação desenvolvida concluímos que em função da exclusão social do mundo capitalista marcado por crises, rupturas e desordens, também a educação e a formação de professores devem assumir uma condição que se coadune a referencias de inclusão social e de emancipação necessários a conscientização nesse momento histórico caracterizado pelo desestímulo a expressões culturais e a consciência organizadora da experiência humana de forma política, plural e flexível.