62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 8. Educação Matemática
O JOGO COMO RECURSO METODOLÓGICO FACILITADOR NO PROCESSO ENSINO/APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
Marcelo Bezerra de Morais 1
Cláudio Márcio Medeiros de Azevedo 1
Francisco de Assis Veríssimo Júnior 1
Graciana Ferreira Dias 1
Maria do Socorro Aragão Paim 1
1. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte / UERN
INTRODUÇÃO:
Tendo que o papel do ensino da matemática é desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas, e que os educadores matemáticos devem procurar alternativas para aumentar a motivação de aprendizagem dos alunos de forma a desenvolver a autoconfiança, a organização, concentração, atenção, raciocínio lógico-dedutivo e o senso cooperativo, estimulando-os a socialização e a interação com outras pessoas. Temos que o recurso dos jogos pode colaborar de forma significativa para a execução do papel do educador matemático e resultar em grandes conquistas para os alunos, pois, ao jogar, os mesmos devem criar estratégias para a resolução de problemas, o que o ajuda a desenvolver o raciocínio lógico e abstrato, que é de suma importância à aprendizagem da matemática. Mediante tais informações foi criado/desenvolvido o projeto "Matemática através de Jogos: um recurso metodológico prazeroso de ensinar e aprender matemática", que tinha como propósito inserir os jogos matemáticos como recurso metodológico auxiliador no processo ensino/aprendizagem de Matemática de forma a diminuir os bloqueios que a Matemática exerce sobre alguns alunos, conseguir mostrar como ela é importante e como está presente no cotidiano dos mesmos.
METODOLOGIA:
Para alcançar os objetivos propostos, o projeto foi desenvolvido da seguinte forma, foram criados salões de jogos, salões estes que foram subdivididos agrupando jogos direcionados aos interesses de determinados públicos, assim foram criados os seguintes salões: Jogos e conteúdos de matemática abordados nos anos iniciais do Ensino Fundamental; Jogos e conteúdos de Matemática abordados nos anos finais do Ensino Fundamental; Jogos e conteúdos de Matemática abordados no Ensino Médio; Oficina/confecção de jogos e conteúdos Matemáticos; A Matemática através do xadrez; Os jogos matemáticos e as novas tecnologias de informação; Os jogos e o raciocínio lógico-matemático e; Jogos de Tabuleiro. Desta forma foi possível elaborar, criar, confeccionar e adaptar jogos que se direcionassem à todos os públicos. O grupo trabalha buscando ampliar o acervo do projeto com novas técnicas/jogos, oficinas/confecção de jogos com material reciclável, onde este é, também, outro diferencial no projeto de jogos, que busca a conscientização dos alunos para a utilização/reaproveitamento de materiais recicláveis, ou o uso de materiais de baixo custo, tendo em vista, ainda, que a maior parte do público alvo é advinda de escolas públicas, onde as mesmas, não dispõem de recursos para a aquisição de materiais.
RESULTADOS:
O projeto forneceu, até o momento, resultados além das expectativas, pois durante o primeiro ano de execução, este pode contabilizar, em seus resultados, 15 escolas, distribuídas em 6 municípios, sendo estes: Mossoró, Areia Branca, Alto do Rodrigues, Antônio Martins, Assu e ainda Fortim do estado do Ceará, podendo trabalhar um total de 275 alunos e 22 professores de escolas com o ensino regular, 2 turmas do projeto Pró-Jovem Urbano e duas semanas pedagógicas, onde auxiliou na formação continuada de 79 professores, através de mini-cursos e oficinas. Além destes resultados, o mesmo provocou visitas, de professores e estudantes de escolas da Educação Básica de Mossoró e região, ao Laboratório de Ensino de Matemática, ofereceu subsídios para as oficinas pedagógicas quando da execução do estágio do curso de Matemática e, ainda, estimulou a elaboração de um novo projeto de extensão "Laboratório de ensino e aprendizagem: apoio pedagógico à Educação Básica".
CONCLUSÃO:
Dos resultados alcançados e das observações realizadas durante a realização do projeto, pode-se dizer que, os jogos como objeto recreativo, simples atrativo, ou ainda como passa tempo, pode, realmente, não trazer nenhum resultado positivo ou ganho para os alunos, mas se bem utilizado como recuso didático, direcionando conteúdos, explicando objetivos e regras, o jogo pode ser um excelente companheiro/atenuante para a melhoria do interesse dos alunos e auxiliar para os professores, podendo ser este, nas aulas de matemática, o atrativo para que os alunos possam desconstruir a idéia da "matemática escolar" (entendendo aqui como a disciplina dada de forma tradicional, o qual não produz estímulo para os alunos) e compreendam-na assim como uma das ciências de grande importância para nossa vida, pois através dos jogos os alunos podem conceber a idéia prática da utilização da matemática em nossas vidas.
Instituição de Fomento: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Palavras-chave: Ensino de Matemática, Jogos, Recursos didáticos.