62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 6. Farmacologia - 4. Farmacologia
USO TERAPÊUTICO DO GEL DA BABOSA (ALOE VERA) ASSOCIADO AO ULTRA-SOM PULSÁTIL NO PROCESSO DE REPARAÇÃO ÓSSEA.
Antônio Luiz Martins Maia Filho 1, 5
Isaac de Aguiar Neres 3
Nathália Chrystiana Batista Costa Melo 2
Karinne de Sousa Araújo 1
Charllynton Luis Sena Costa 6, 1
Ana Maria Lima Furtado Veloso 4, 1
1. Professor da Faculdade Integral Diferencial - FACID
2. Graduanda do Curso de Fisioterapia da Faculdade Integral Diferencial - FACID
3. Graduando do Curso de Medicina da Faculdade Integral Diferencial - FACID
4. Patologista
5. Doutorando em Engenharia Biomédica da Universidade do Vale do Paraíba - UNIVAP
6. Doutorando em Biotecnologia - Rede Nordeste de Biotecnologia
INTRODUÇÃO:
O ultra-som pulsátil tem demonstrado ser um recurso acelerador do processo de reparação óssea em fraturas. A ativação dos fibroblastos por composto da Aloe vera aumenta tanto a síntese de colágeno como de proteoglicanas, promovendo assim a reparação tecidual. Sendo assim, tanto o ultra-som pulsátil quanto o gel de Aloe vera têm ação no processo de ossificação, no entanto, são escassos os estudos sobre o uso concomitante desses recursos terapêuticos. Este trabalho teve como objetivo estudar os benefícios do gel da babosa associado ao ultra-som pulsátil na otimização do processo de reparação óssea em fraturas experimentais em tíbia de ratos.
METODOLOGIA:

O defeito ósseo foi induzido com uma broca esférica na tíbia direita dos animais, devidamente anestesiados e preparados para a cirurgia. Os animais foram divididos em três grupos de 10: grupo A - defeito preenchido apenas com coágulo sanguíneo; grupo B - tratado com ultra-som pulsátil 1MHz, intensidade de 0,5 W/cm2 por 2 minutos; grupo C - tratado com ultra-som pulsátil 1MHz, intensidade de 0,5 W/cm2 associado à babosa por 2 minutos. Cinco animais de cada grupo foram sacrificados no décimo quinto e trigésimo dia. Os resultados foram obtidos por microscopia óptica, aplicando-se pontos segundo a caracterização do tecido (0-coágulo, 1-neoformação tecidual, 2-neoformação óssea, 3-tecido ósseo primário), e foram analisados estatisticamente por análise de variância e teste de Tukey.

RESULTADOS:

Aos quinze dias de tratamento, foi possível evidenciar a otimização do crescimento ósseo da loja cirúrgica, sendo que o grupo tratado com ultra-som associado à babosa obteve uma diferença significativa (p<0,01) na otimização do reparo quando comparado ao grupo controle e (p<0,05)quando  comparado ao  grupo  tratado apenas com ultra-som. Comparando-se esses resultados com trinta dias de tratamento, observa-se também uma otimização (p<0,001) do reparo tecidual da loja cirúrgica quando com o tratamento proposto, sendo que os resultados estatísticos não  mostraram diferença significativa entre os grupos tratados com ultra-som e ultra-som + babosa, diferença esta evidenciada com quinze dias de tratamento.

CONCLUSÃO:

Concluiu-se que o ultra-som pulsátil induz a penetração da Aloe vera através dos tecidos, que por ação antiinflamatória e antimicrobiana, combinada com seus elementos nutricionais, promovem o crescimento celular e conseqüentemente a reconstituição do tecido ósseo.

Instituição de Fomento: FACID
Palavras-chave: Ultra-som, Reparação óssea, Aloe vera.