62ª Reunião Anual da SBPC
A. Ciências Exatas e da Terra - 1. Astronomia - 3. Astrofísica Extragaláctica
A FORMAÇÃO DAS GALÁXIAS USANDO DADOS OBSERVACIONAIS DE LENTES GRAVITACIONAIS FRACAS
Antonio Paulo Vieira Pinto 1
Cícero Costa da Silva 2
Lucio Marassi de Souza Almeida 3
1. Centro de Tecnologia - CT - Depto. De Engenharia Elétrica - UFRN
2. Centro de Ciências Exatas e da Terra - CCET - Depto. De Geofísica - UFRN
3. Prof.° Dr./Orientador - Escola de Ciências e Tecnologia - ECT - UFRN
INTRODUÇÃO:
A formação das grandes estruturas do universo (aglomerados e superaglomerados de galáxias) é um dos temas mais atuais da cosmologia, e a única ferramenta analítica para seguirmos este processo altamente não-linear, até agora, é a função de massa dos aglomerados (derivada por Press & Schechter - PS - em 1974), sugerindo uma distribuição Gaussiana para o campo primordial de densidades. Como o método PS apresenta problemas de ajuste aos atuais dados observacionais, alternativas de melhoramentos da função de massa original foram propostas, ou alterando a estatística, ou empregando ajustes baseados em dados numéricos (Warren 2006, Jenkins 2001, Sheth & Tormen - ST - 1999). Neste trabalho apresentaremos um estudo comparativo das funções de massa PS e de ST (derivada de um ajuste com simulações de N-Corpos), utilizando um catálogo de aglomerados galácticos em lentes gravitacionais fracas (Dahle 2006) e um modelo de universo com energia escura homogênea (Percival 2005). Os dados observacionais estão em médio redshift, permitindo um estudo único das propriedades da energia escura no processo. Tiraremos igualmente importantes conclusões sobre o contraste linear de densidades, comparando nossos resultados com análises teóricas de outros autores (Matthew 2009).
METODOLOGIA:
Utilização do programa Interactive Data Language 7.0 (IDL) e do compilador FORTRAN 90, para as modelizações numéricas necessárias e a confecção dos gráficos. Análise numérica de equações diferenciais não lineares homogêneas de segunda ordem. Uso do método estatístico do Chi-quadrado, para a obtenção das elipses de confiança estatística dos parâmetros cosmológicos estudados. Utilizamos o catálogo de aglomerados de galáxias de Dahle (2006), que usa lentes gravitacionais fracas para chegar a redshifts médios (0,1
RESULTADOS:
O catálogo de Dahle (2006) apresenta o método de lentes gravitacionais fracas para a obtenção direta da massa de aglomerados galácticos a médios redshifts (0,1
CONCLUSÃO:
O estudo da formação de estruturas em modelos com energia escura é bastante complexo, e exige catálogos observacionais com aglomerados de galáxias bem distantes (com altos redshifts), para os dados poderem refletir fortemente a evolução da função de massa no processo, e assim determinar os melhores parâmetros da equação de estado da energia escura. A partir de um modelo de energia escura homogênea (Percival 2005), utilizamos um catálogo baseado em lentes gravitacionais fracas (Dahle 2006), com redshifts medianos, o que nos possibilitou sondar a energia escura mais eficazmente do que os catálogos baseados em raio-X. Utilizamos a função de massa de Press & Schechter e a de Sheth-Tormen em um estudo comparativo, onde ainda obtivemos conclusões sobre a evolução do contraste linear de densidades. Realizamos análises estatísticas conjuntas e determinamos os melhores parâmetros cosmológicos do modelo, face aos dados utilizados.
Instituição de Fomento: Bolsa REUNI 2009/2010 - UFRN
Palavras-chave: Energia Escura, Função de massa, Aglomerados de galáxias.