62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 2. Microbiologia Aplicada
ISOLAMENTO E ATIVIDADE ENZIMÁTICA DE FUNGOS ENDOFÍTICOS ISOLADOS DE Eugenia uniflora L. (Pitanga) RECIFE - BRASIL.
Erika Cristina de Lima Soares 1
Elizianne Pereira Costa 2
Anderson José Paulo 3
Páblo Eugênio da Costa e Silva 4
Aline Dayse da Silva 5
Janete Magali de Araújo 6
1. Centro de Ciências Farmacêuticas,Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
2. Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
3. Faculdade Formação de Professores de Nazaré da Mata, Universidade de Pernambuco
4. Faculdade Formação de Professores de Nazaré da Mata, Universidade de Pernambuco
5. Faculdade Pernambucana de Saúde - Instituto Materno-Infantil de Pernambuco
6. Depto. de Antibióticos - UFPE
INTRODUÇÃO:
Microrganismos endofíticos protegem as plantas contra o ataque de insetos, pragas e vivem em associação mutualística causando um grande impacto e melhorando a produtividade agrícola. A prospecção de endófitos em plantas medicinais vem mostrando a grande importância desta microbiota como potenciais produtores de metabólitos de importância biotecnológica.Neste contexto, as enzimas se destacam por sua aplicabilidade nas indústrias têxtil (amilase, celulase), papel (lipase, xilanase) e alimentícia (pectinase, lipase). A planta medicinal Eugenia uniflora L. popularmente conhecida como pitanga, pertence a família Myrtaceae e apresenta atividades antioxidante, hipoglicemiante, antirreumática, anti-hipertensiva e antiinflamatória. Este trabalho teve como objetivo, isolar e avaliar a atividade enzimática de fungos endofíticos isolados de folhas de Eugenia uniflora L.
METODOLOGIA:
Os endofíticos foram isolados segundo a técnica de isolamento de Araújo et.al., (2002) a qual realiza desinfecção e fragmentação do tecido vegetal,seguido do cultivo em placas nos meios BDA (Batata Dextrose Ágar) e SAB (Saboraud ágar) com tetraciclina e incubação a 300 C por 30 dias sob contínua observação. A partir do surgimento da primeira colônia, foi realizada a purificação e o cultivo em meios específicos. A avaliação da atividade enzimática foi realizada de acordo com Neirotti & Azevedo (1988) para celulase, Hankin et.al ( 1971) para amilase e Anderson (1939) para protease. Para quantificação da área total de degradação, foi utilizada a equação : S= π x (dh/2)2 - π x (dc/2)2 segundo COSTA (2008).
RESULTADOS:
Das 30 folhas de três plantas de Eugenia uniflora L. foram isolados 22 fungos, com frequência de isolamento de 90%. Todos os isolados foram analisados quanto a atividade enzimática e foi verificado que 90% dos isolados apresentaram atividade celulolítica e proteolítica com área de degradação variando entre124,5mm2 a 1.560 mm2 para celulase e 162,1mm2 a 717,8mm2 para protease. Dentre estes, 60% ( 12) também mostraram atividade amilolítica com área de degradação variando de 476,7mm2 a 685,2mm2 . As melhores linhagens foram FEU 3 e FEU 19 com áreas de degradação celulolítica de 822,6mm2 e 1.560mm2, respectivamente, enquanto a linhagem FEU 8 se destacou com área de degradação de 665,2 mm2, e 717,8 mm2, para amilase e protease respectivamente. A análise dos resultados mostram que 18,2% dos isolados apresentaram atividade simultaneamente para as 3 enzimas testadas.
CONCLUSÃO:
Foram isolados 22 fungos endofíticos de folhas da pitanga (Eugenia uniflora L) dos quais 90% apresentaram atividade celulolítica e proteolítica enquanto 60% mostraram atividade amilolítica e 10% sem atividade enzimática. A alta diversidade da flora brasileira associada a estudos mais aprofundados acerca dos endófitos, mostram o elevado potencial destes microrganismos para a biotecnologia.
Instituição de Fomento: Universidade Federal de Pernambuco - UFPE
Palavras-chave: ENDOFÍTICOS, ENZIMAS, PLANTA MEDICINAL.