Observou-se que a faixa etária predominante ocorreu entre 61 a 70 anos (33,79%). Para esta faixa de idade, a maioria era do sexo feminino (12,09%). Observou-se ainda que a maioria da amostra era composta por pessoas aposentadas (39,07), casadas (52,53%) e com "Ensino fundamental incompleto" (47,32%). Encontrou-se que 60,09% dos pacientes atendidos no HM com queixa de dor torácica aguda já sofriam de doença cardíaca ou pulmonar, sendo que 44,85% faziam acompanhamento com cardiologista. Dos entrevistados 33,7% foram diagnosticados com Doença arterial coronariana (DAC), 25,84% com Infarto agudo do miocárdio e 23,59% com insuficiência cardíaca congestiva. Em relação aos fatores de risco: 61,59% afirmaram ter hipertensão arterial sistêmica (HAS) e 28,48% diabetes melitos (DM).

Conclui-se então que as pessoas que procuram atendimento de emergência com queixas de dor torácica no Estado do Ceará, na sua grande maioria são mulheres de 61 a 70 anos, casadas, aposentadas e que não concluíram o ensino médio. Já eram portadoras de alguma doença cardíaca e já faziam tratamento com cardiologista. Uma grande parcela desses usuários, após dar entrada no serviço recebeu diagnóstico precoce de doença arterial coronariana, sendo o IAM sua principal complicação. Além disso, a HAS e DM foram os principais fatores de risco associados a essa patologia. Torna-se necessário então, que a Enfermagem, sendo uma ciência cuja essência é o cuidado ao ser humano, desenvolvendo atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde, promova a educação dessa população de risco, o que demanda a necessidade de reflexão e proposição de estratégias de prevenção individualizadas para a modificação de estilos de vida que propiciem a manutenção ou progressão do IAM e a valorização por parte dos pacientes do tratamento precoce.