O estudo examina os dados empíricos demonstrados no banco estruturado, a partir de informações colhidas no município de Itaboraí sobre mortes por causas externas, tomando como alicerce a disparidade de mortes entre o gênero masculino e feminino e seus segmentos.

Com informações obtidas na Funerária Municipal de Itaboraí, contextualizadas com aparato teórico e banco de dados no SPSS e EXCEL, durante o ano de 2008 e 2009, classificam-se os dados por sexo; faixa etária nas categorias criança, adulto (sendo esta subdividida em homem e mulher) e idoso e por respectivas causas mortes.

Demonstra-se que o quantitativo de mortes por causas externas, entre crianças, idosos e mulheres é bem inferior ao quantitativo de mortes por causas externas entre os homens na faixa etária adulta. O que suscita a necessidade de consideração da diferenciação entre a figura social masculina, feminina e criança e idoso na vida social e suas aplicações.

Verifica-se que a diferenciação da figura social determinada pelo sexo e faixa etária possui uma relação direta com as causas morte por homicídio, ou seja, o homem adulto possui maior propensão de ser morto.

Os achados são sugestivos para demonstrar as possíveis relações entre a figura social, as quais o indivíduo exerce dentro da sociedade e a conseqüente propensão para a causa de sua morte.

Incitando a necessidade de estudos mais complexos que configurem tal situação e estabeleça políticas públicas que assistam aos cidadãos desde o núcleo familiar, o qual é o principal agente socializador do indivíduo, e dessa forma possa assisti-lo durante toda sua infância e adolescência de forma que possa minimizar os efeitos da violência dentro desta tipologia social (sexo masculina e faixa etária adulta) que tende a encaminhá-lo a ocupação de uma figura social de risco.