A coturnicultura tem despertado grande interesse de produtores, empresas e pesquisadores, por exigir investimentos e mão-de-obra menores que outras culturas. A codorna japonesa apresenta ciclo reprodutivo curto, precocidade sexual, boa fertilidade e ótima taxa de postura.

A codorna é considerada um produto alternativo na produção de carne e de ovos. Nos últimos anos houve um grande crescimento no consumo de ovos de codorna em todo o país, aumentando assim a necessidade de produção desse produto.

A qualidade da casca é de suma importância para a aceitabilidade do consumidor ao produto. Existem fatores que causam a deterioração da qualidade da casca, como: períodos prolongados de postura, calor ambiente, estresse das aves, doenças, deficiências nutricionais, idade da ave, genética e certas drogas.

Este trabalho tem como objetivo avaliar alguns defeitos em ovos de codornas japonesas para a comercialização.

O experimento foi realizado no Setor de Coturnicultura da Escola Agrícola de Jundiaí, Macaíba, RN. Foram analisados os ovos de 360 codornas no período de 26 de fevereiro a 26 de março de 2010. Avaliaram-se alguns tipos de defeitos nos ovos, sendo eles: ovos com casca mole, ovos com casca branca, ovos quebrados, ovos sujos de fezes e ovos sujos de sangue.

Os ovos foram colhidos de codornas com aproximadamente 14 semanas de idade, criadas em gaiolas de postura, com densidade de duas aves por gaiola. Durante os 30 dias do experimento todos os ovos eram colhidos e analisados.

Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância utilizando a SAS (Sistemas de Análises Estatísticas).

Nos resultados referentes aos ovos de codorna defeituosos o fator que teve uma maior média foram os ovos sujos de fezes (6,3%), seguido dos ovos de casca mole (1,19%), ovos quebrados (0,9%), com casca branca (0,55%) e os sujos de sangue (0,2%). A recomendação é para que a coleta dos ovos seja feita cuidadosamente e com freqüência para evitar contaminação e danos físicos que desvalorizar o produto. Nos valores mínimos e máximos, temos todos os mínimos iguais à zero, e os valores máximos têm os ovos sujos de fezes com o maior valor (14,1%), depois temos os ovos com casca mole (2,4%), os ovos com casca branca com valores iguais aos quebrados (1,6%) e por último os sujos de sangue (0,8%). Os valores mínimos e máximos expressam a menor e a maior quantidade de ovos recolhidos durante todo o experimento para cada tipo de defeito. O desvio padrão dos ovos sujos de fezes foi o mais elevado (5,3%), depois os de casca mole (0,89%), os quebrados (0,75%), os com casca branca (0,5%) e finalmente os sujos de sangue (0,34%).

As informações coletadas nesse estudo indicam que houve um índice maior de ovos sujos de fezes, o que sugere uma melhoria no manejo da coleta dos ovos e também das excretas, o que pode favorecer a contaminação dos mesmos.