62ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 12. Educação Física e Esportes - 1. Educação Física e Esportes
IMAGEM CORPORAL E AUTOESTIMA DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Kalina Veruska da Silva Bezerra Masset 1, 2
Gastar Nunes da Silva 2
1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte - PPGED/UFRN
2. Universidade Potiguar - UnP
INTRODUÇÃO:

A imagem corporal representa a visualização mental que o ser humano faz de si, sua relação com o mundo e com outras imagens corporais. A coexistência das imagens corporais representa o reflexo da vida social que é evidenciada pelo processo do culto ao corpo, e este por sua vez, movido por padrões de beleza vigentes. O indivíduo moderno é absorvido por uma lógica onde a pele sem rugas e músculos volumosos fazem a lei da aparência de sucesso. E neste modelo, enfatiza-se especialmente a exclusão do somatotipo endomorfo dos padrões de beleza, relegando a um corpo gordo a submissão de preconceitos, discriminações e estigmas, culminando consequentemente para uma imagem de fracasso e falência moral. O sujeito social cede então aos poderes reguladores e origina um movimento voluntário de consagrar seu tempo a busca determinada pelo desejo de prover um corpo diferente de si. Isto ocorre pela incapacidade dos agentes sociais em poder distinguir com lucidez as inferências para conviver com os discursos médico-nutricional, publicitários, de progresso e modernidade sobre formas corporais diversas.  O professor de Educação Física tem em seu cotidiano a possibilidade de tratar dos valores relacionados as práticas corporais com pessoas que apresentam insatisfação com o corpo real. Por esta razão, o objetivo do presente estudo é investigar em estudantes bacharéis de educação física os valores corporais relacionados beleza, destacando o nível de satisfação corporal geral e por áreas corporais, além do grau de autoestima.

METODOLOGIA:

A amostra foi composta por 12 mulheres com idade de 25,50 ± 6,83 e 25 homens, 25,40 ± 4,59, estudantes do curso de Educação Física da UnP com IMC respectivamente de 23,51±2,17 e 25,29±3,06. Os instrumentos de coleta incluíram a Escala de Silhueta da IC (Stunkard, 1983), Escala de autoestima (Rosenberg, 1965) e Escala de satisfação por áreas corporais (Brown 1992 adap por Loland, 1998). Os dados foram analizados pela apreciação de valores absolutos.

RESULTADOS:

Os resultados revelados pela Escala de silhuetas indicaram que 100% das mulheres e 96% dos homens estão na faixa de satisfação com a Imagem Corporal; 41% das mulheres e somente 4 % dos homens se encontram no grau de baixa autoestima segundo a Escala de Rosenberg; e 58,3% das mulheres e 60% dos homens revelam um bom nível de satisfação por áreas corporais. Portanto, percebe-se que em todos os instrumentos de coleta, a satisfação corporal apresentou níveis altos, tanto para mulheres como para homens, concordando com a caracterização do perfil nutricional da amostra. Apesar dos resultados positivos, 41,7% das mulheres mostraram desejo em fazer algum tipo de modificação em alguns segmentos corporais.

CONCLUSÃO:

Embora do presente estudo revelar bons níveis de satisfação com a Imagem Corporal e autoestima no grupo pesquisado, as mulheres demonstraram interesse da modificação de formas corporais para padrões de beleza.

Palavras-chave: Imagem Corporal, Autoestima, Educação Física.