62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 10. Microbiologia - 3. Microbiologia
ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DA CEPA AMAZÔNICA DO FUNGO   Pycnoporus sanguineus (L.F.MURR)  
Andrey Azedo Damasceno 1
Cynara da Cruz Carmo 2
Ademir Castro e Silva 1
Renah Boanerges Pimentel 1
Robson da Cruz Valente 1
Afonso Uchôa 1
1. Universidade do Estado do Amazonas /UEA
2. Universidade Federal do Amazonas
INTRODUÇÃO:

A primeira investigação do potencial de Basidiomycota como agentes produtores de antibióticos foi realizada por Anchel, Hervey, Wilkins em 1941, observando extratos de basidiomas e cultura de micélios de inúmeras espécies. Dentre estes cabe destacar a atividade antimicrobiana de Pycnoporus sangüineus, que tem sido pesquisada desde 1946, quando Bose isolou poliporina, um componente ativo contra bactérias gram-negativas e gram-positivas. Este fungo é um Basidiomycota pertencente à família Poliporaceae, responsável pela podridão branca de madeiras e popularmente vem sendo utilizado empiricamente no tratamento de várias enfermidades em aldeias indígenas como anti-hemorrágico. Estudos vêm indicando sua alta capacidade de inibição do desenvolvimento de bactérias, actinomicetes e até outros fungos devido à presença da substância cinabarina. Portanto, o objetivo desse trabalho é avaliar o potencial antimicrobiano dos extratos da cepa amazônica de P. sanguineus frente a Escherichia coli,  e Staphylococcus aureus.

METODOLOGIA:

Utilizou-se dois extratores  para retirada dos componentes bioativos do carpóforo. Estes foram triturados em moinho de facas e passados em peneira de 60 mesh.Para o preparo dos extratos utilizou-se as proporções de  100g do material triturado acrescido de 250 mL do solvente e levado ao extrator Soxhlet por um período de 8h de  extração, utilizando-se:  etanol (C2H6OH) e água (H2O). Os extratos obtidos foram concentrados em evaporador rotativo à pressão reduzida, posteriormente diluiu-se 0,02mcg de ambos os extratos em 2ml de água. Após o crescimento das bactérias o  inóculo foi ajustado a partir da escala de Mac Farland, utilizando-se o tubo 0,5 da mesma como concentração padrão, o que equivale a 1,5x108 bactérias/mL. As cepas de Escherichia coli, e   Staphylococcus aureus foram semeadas nas placas de Petri com meio Mueller hinton   em triplicatas a partir da utilização de um "swab", em seguida com o auxilio de um pipeta Paster foi realizado 4 poços de ± 0,5 cm  onde em  três adicionou-se  60 mcl do extrato e no quarto o controle utilizou-se 60 mcl de  água destilada, posteriormente as placas foram   levadas  a estufa  á temperatura de 37 ºC por 24h para a observação de atividade do extrato.

 

RESULTADOS:

De mondo geral a atividade antimicrobiana do extrato bruto do carpóforo P. sanguineus   foi 50% melhor para S. aureus em relação a E.colli tanto no extrato etanólico como no aquoso. Ressalta-se, entretanto, que o halo de inibição foi praticamente idêntico tanto para aquoso quanto etanólico para ambas as bactérias.

 

 

 

 

 

CONCLUSÃO:

A partir do experimento realizado pode-se concluir que os extratos do fungo Pycnoporus sanguineus apresentou atividade antimicrobiana na presença de E. coli e S. aureus, Sendo assim, importante salientar a necessidade da realização de testes  utilizando outras metodologias de extração dos princípios ativos do carpóforo.

Instituição de Fomento: FAPEAM
Palavras-chave: Pycnoporus sanguineus , Extratos , Antimicrobiano.