62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 1. Análise de Controle de Medicamentos
COMPARAÇÃO ENTRE CUSTO-EFETIVIDADE DA OLANZAPINA E RISPERIDONA
Katarina Melo Chaves 1
Aurigena Antunes de Araújo 1, 2
Gerlane Coelho Bernardo Guerra 1, 3
Magneide Pinto 1
Elisânia Lila Teodosio da Silva 1
Joyce Morais da Silva 1
1. Depto. de Farmacologia, Univ. Federal do Rio Grande do Norte/UFRN
2. Profa. Orientadora
3. Profa. Co-orientadora
INTRODUÇÃO:

A proporção de custo total da esquizofrenia foi incrementada pela introdução dos antipsicóticos atípicos o que tem sido justificada pela provável redução em hospitalizações diminuindo o custo geral.O objetivo do estudo foi comparar o custo-efetividade entre os antipsicóticos: olanzapina e risperidona.

METODOLOGIA:

Foram coletados os dados referentes ao custo unitário de cada comprimido de olanzapina de 10mg e risperidona de 2mg. A amostra foi de 286 pacientes que fizeram uso dos antipsicóticos estudados no ano de 2007, cujo medicamento foi distribuído pelo Hospital Dr. João Machado, Natal, RN.179 pacientes fizeram uso da olanzapina e 107 usava risperidona. Para verificar o custo do tratamento foram considerados os números diários de comprimidos consumidos pelos pacientes no período de um ano. Em relação à efetividade foram consideradas as variáveis: o número de re-internações, adesão ao tratamento, associação de medicamentos e efeitos adversos.

RESULTADOS:

Os resultados apontaram em relação ao custo medicamentoso por paciente/ano  R$ 7.712,3 para olanzapina e de R$ 667,95 para risperidona. Pode-se verificar que 55,3 % dos indivíduos que consumiram olanzapina foram re-internados, enquanto 45,8% dos indivíduos que fizeram uso de risperidona, no entanto para os que consumiram risperidona e foram re-internados a freqüência de re-internações era maior, ou seja, 5,6 vezes quando comparado com a olanzapina 4,5 vezes (p=0,58). Quanto à adesão pode-se verificar que 21,7% dos indivíduos que usavam risperidona informaram não ter aderido à terapêutica, enquanto 18,8% dos indivíduos não aderiram a olanzapina (p=0,65), sendo 1,2 vez maior a chance dos indivíduos que consomem risperidona não aderirem à terapêutica. Entre os efeitos adversos mais comuns se destacam: aumento de peso  (35,4% para olanzapina e 26,6% para risperidona) , aumento de apetite (15,1% para olanzapina) , ansiedade (11,2% para risperidona e   4,8% para olanzapina), insônia (10,5% risperidona e 8,6% para olanzapina) e inquietação (4,9% para risperidona).

CONCLUSÃO:
Existem diferenças representativas no custo da olanzapina, quando comparado com a risperidona, no entanto fatores como a adesão ao tratamento, freqüência de re-internações hospitalares e tipos de efeitos adversos, tais como ansiedade e inquietação/efeitos extra-pitramidais podem contribuir para uma maior efetividade da olanzapina quando comparada a risperidona. 
Instituição de Fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq/ Bolsa de Apoio Técnico-CNPq/Bolsa de IC PIBIC
Palavras-chave: Esquizofrenia, custo-efetividade, antipsicóticos atípicos.