IN VIVO: As cepas infectivas de Leishmania amazonensis foram mantidas inoculadas (50 µL) em camudongos Balb/c no coxin plantar inferior. Após aparecimento das lesões, os animais foram sacrificados, as lesões retiradas e maceradas para isolamento dos parasitas. Foram cultivadas a 26 ºC em Schneider's Drosophila suplementado com 10% de soro fetal bovino mais antibiótico. IN VITRO: As formas promastigotas foram cultivadas a 26 ºC, em placa de cultura de células de 24 poços contendo Schneider's Drosophila suplementado com 10% de soro fetal bovino. Em cada poço foi adicionado 500 μL da suspensão contendo 2 x 10⁶ formas promastigotas de L. amazonensis por mL na presença de 500 μL das diluições do óleo. TESTE DE LETALIDADE- Eclodiram-se ovos de Artemia salina Leach em um mini-aquário. Prepararam-se frascos com diferentes quantidades do óleo de Lippia origanoides dissolvido em Tween 80 a 1%. Após o preparo, colocou-se 1000 µL de cada solução nos tubos referentes às respectivas concentrações, adicionando-se 10 espécimes do microcrustáceo em cada (nascidos há 48 h) e elevou-se o volume nos frascos até 5 mL, com solução salina. Passadas 24 h realizou-se a contagem do número de mortos, pela DL50 frente Artemia salina Leach, por análise de próbitos no SPSS® (versão 15.0 para Windows).

A avaliação da atividade leishmanicida do óleo de Lippia sidoides e origanoides mostra que logo nas primeiras 24 horas do experimento as doses de 62,5 µg, 125 µg e de 250 µg já foram eficazes em inibir o crescimento de 50% das formas promastigotas de Leishmania amazonensis. As mesmas doses que foram eficazes em inibir o crescimento em 50% da população analisada, apresentaram níveis modestos de toxicidade, principalmente a de 125 µg com 47,33% de citotoxicidade (no teste com L. origanoides) e 53,93 % no teste com a L. sidoides. Mostrando que a toxicidade dos óleos é maior para o parasita (as formas promastigotas) do que para os macrófagos (no caso, o hospedeiro), sugerindo que os mesmos são promissores para serem utilizados na produção de fitoterápicos. A análise de próbitos forneceu o valor da DL50 para o óleo essencial, 21,44 µg/mL (16,13 - 27,94 - intervalo de confiança a 95%). Este valor, menor que 1000 µg/mL, dosagem letal máxima para uma substância ser considerada ativa, sugere um bom potencial de atividade citotóxica para o óleo essencial levando em consideração a boa correlação TAS/atividade citotóxica.