A relação ensino e aprendizado de Física tem sido prejudicada pela ausência de laboratórios nas escolas de Ensino Médio e pela aparente falta de aplicabilidade desta matéria no dia-a-dia do estudante. Para minimizar estes efeitos, desenvolvemos uma metodologia na qual a Física é ensinada para o aluno de tal forma que ele fique exposto e interado aos fenômenos Físicos que ocorrem no seu cotidiano.

               As aulas de Física são ministradas fora dos limites da sala de aula, sendo realizadas no pátio da escola, na rua ou até mesmo durante um passeio de integração social. Nelas, os elementos da natureza são utilizados como exemplos dos fenômenos Físicos estudados, tornando a Física extremamente útil e agradável. Com esta nova visão da disciplina, o aluno tende a mostrar-se mais interessado pela matéria e assim obtêm um melhor rendimento na mesma.

A proposta deste trabalho é caracterizar a Física como uma Ciência da Natureza, mostrando sua relevante presença nos momentos de nossas vidas.

                A metodologia se adéqua a todas as classes sociais: Se o aluno pertence a uma classe monetariamente menos favorecida, poderá ter aulas na rua em que mora, no pátio da escola, no parque da cidade ou na praça pública; Já o aluno pertencente a uma classe mais favorecida, terá aulas durante uma excursão, onde ele poderá visitar uma Usina Siderúrgica ou uma fazenda de café, por exemplo. Neste artigo elegemos o projeto Bananal, na qual a seqüência de visita é: A Usina Siderúrgica de Volta Redonda, a Usina Hidroelétrica do Funil e as fazendas do ciclo do café em Bananal.Nas usinas, estudamos a parte de calorimetria, ótica e mecânica nos equipamentos de produção e transporte do aço; Já nas fazendas, usamos as antigas ferramentas para o estudo da mecânica. Além destes equipamentos, analisamos as árvores para o estudo da distribuição de massa, ou seja, o torque e o equilíbrio; Suas folhas e flores servem para dar significado ao estudo da ótica, pois podemos observar suas diferentes tonalidades referentes as horas do dia. Na piscina ou na cachoeira, fazemos os estudos da hidrostática como, por exemplo, a verificação do empuxo sobre o corpo, enquanto os pulmões estão vazios ou cheios. E por fim, exploramos o conceito de velocidade média calculando a distância percorrida pelo ônibus e seu tempo gasto.

                Em resumo, como a Física está presente em todos os ambientes, usamos os elementos ao redor, durante a excursão, para mostrar, sinalizar e explicar a fenomenologia que dá o embasamento fundamental para a compreensão da mesma.

As aulas de campo motivam os alunos ao estudo da Física e com isso, melhoram a sua produção acadêmica, inserindo-o como um observador dos fenômenos da natureza e fazendo-o aplicá-la como aprendizado no seu dia-a-dia, cumprindo assim com uma das propostas do ensino: O uso e a aplicação do estudo da Física no cotidiano; Além do aprimoramento de seu desempenho nos Concursos Vestibulares.