62ª Reunião Anual da SBPC
G. Ciências Humanas - 7. Educação - 11. Ensino-Aprendizagem
VIVENCIANDO O LAZER NA PERSPECTIVA DO SENTIR
Kadydja Karla Nascimento Chagas 1
1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte- IFRN
INTRODUÇÃO:
Este estudo teve como objetivo provocar uma reflexão a respeito da necessidade de aprofundar conhecimentos sobre o lazer, fundamentando-se nos aspectos sócio-psicológicos do ser humano, na perspectiva de atuação dos alunos do curso de turismo da UFRN em atividades do lazer. Para tanto procuramos associar a teoria e a prática no universo de vivências, para que os alunos não só refletissem teoricamente a respeito do processo, mas que tivessem a possibilidade de sentir e poder dialogar a respeito do vivido. Para que essa realidade se tornasse possível, convidamos os alunos do curso de turismo da UFRN para na disciplina lazer, animação e desenvolvimento humano vivenciassem o lazer através do sentir, permitindo que a imaginação invadisse nossos pensamentos. Consideramos que os alunos se sensibilizaram a ponto de criarem atividades que também lhe proporcionassem satisfação e alegria. Sentindo o outro, o ambiente e recordando vivencias, além do diálogo dos sentimentos em sala de aula e a forma de ser e agir com o ser humano.
METODOLOGIA:
No processo metodológico fomos criando possibilidades de colocar em pratica toda essa teoria do sentimento, da emoção e da sensibilidade. Para isso contamos com o apoio de alguns autores de suma importância como Dumazedier (1980) que nos apresenta os interesses do lazer e suas principais funções (descanso, divertimento e desenvolvimento. Em parceria com dois autores da psicologia: Mariotti (2000) representando à prática e Maslow (1975) a teoria, na perspectiva do experienciar, onde aprofundamos o nosso conhecimento do sentir. Assim, foi possível eleger as categorias abaixo como pilares para o desenvolvimento da disciplina, com o objetivo de despertar a emoção e sensibilidade nos alunos. Depois de estudarmos os autores e ver possibilidades de aplicação de cada um desses saberes, dividimos a sala em vários grupos, no qual eles poderiam escolher a temática desde que sua teoria e prática contemplassem os autores. Após todos os grupos definirem o que iriam desenvolver, antes de qualquer ação, montava-se o ateliê onde todos os alunos passaram por experiências de sensibilização, como o toque, o abraço, o observar o outro, as possibilidades de se movimentar. Em seguida todos iriam decidir que vivência do lazer poderia estar realizando, então os alunos escolhiam a vivência.
RESULTADOS:
Como resultado podemos observar a construção e desenvolvimento das oficinas educativas que, particularmente tinham um diferencial: A alegria dos alunos. Que se empenharam e já não se preocupavam que nota poderiam receber com o trabalho, e sim se a oficina teria uma boa aceitação, se iria proporcionar descanso, divertimento e desenvolvimento. Foram desenvolvidos os seguintes temas: A água, no qual iríamos explicar quais os tipos e cores de água que existiam através da brincadeira, então foram desenvolvidas três oficinas e trabalhado tais conhecimentos no momento de lazer das crianças acompanhadas dos pais. Como interesse do lazer podemos destacar os interesses manuais, físicos e sociais. A terra onde foi desenvolvido o cuidado com a terra, o que ela nos oferece e como aproveitar cada detalhe proporcionado pela natureza, seus frutos, os animais, as folhas, aprendendo através da brincadeira. Podemos destacar como interesses do lazer os manuais e intelectuais. A cultura popular, apresentando a importância de tudo que está inserido em nosso contexto, através de exposição e apresentações culturais. . Podemos destacar como interesses do lazer os físicos, intelectuais e artísticos.
CONCLUSÃO:
Após as vivências voltamos a dialogar a respeito de todo processo que se deu da seguinte forma: Conhecimento sobre lazer; Dialogo sobre sensibilidade e a importância de seu desenvolvimento interior; Vivencias do lazer para toda turma; Dialogo sobre a teoria e a prática; Construção das vivências do lazer em grupo com orientação; Apresentação teórica e pratica das vivências criadas para toda turma; Dialogando sobre a construção de cada grupo; Desenvolvendo as atividades com o público alvo e; Avaliação da experiência do lazer. Percebemos que a maioria dos alunos se surpreendeu tanto com a metodologia da disciplina quanto como eles se sentiram no desenvolver do processo. Também ficou evidente a união, onde todos se ajudavam, eram solidários e o espírito de grupo e equipe evoluiu de uma maneira espetacular. No inicio foi difícil, pois cada um que cuidasse da sua parte, depois percebemos que o processo acontecia através do dialogo. Nesse sentido acredito na possibilidade de se enfatizar qualquer conhecimento de forma sensível e prazerosa o que proporcionará um maior empenho de cada um e principalmente um enorme prazer no desenvolver do processo criativo das atividades do lazer.
Instituição de Fomento: UFRN
Palavras-chave: Lazer, Sentimentos, Vivências.