62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 1. Enfermagem - 2. Enfermagem de Saúde Pública
Hipertensão Arterial Sistêmica, uma avaliação do perfil, qualidade de vida e adesão ao tratamento dos usuários da Regional de Saúde do Paranoá, DF - 2009
Diego Martins de Mesquita 1
Elioenai Dornelles Alves 2
1. Faculdade Medicina
2. Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Enfermagem
INTRODUÇÃO:

    A Hipertensão Arterial Sistêmica é doença crônica de alta prevalência e solidamente correlacionada como agravante de doenças cardiovasculares. Embora possua baixo custo e fácil manejo, o tratamento da hipertensão é pouco eficiente nos diversos serviços, pois em muito se desconsidera seu aspecto multifatorial. Avaliar a adesão ao tratamento e o sucesso terapêutico implica em relacionar o conjunto de seus fatores determinantes A qualidade de vida funciona como modulador importante do processo de adesão ao tratamento, devendo ser observada na rotina dos profissionais de saúde inclusive pela gestão em saúde. O estudo objetivou, identificar o perfil, a qualidade de vida e adesão ao tratamento de pacientes hipertensos usuários do Hospital Regional e Centro de Saúde nº 01 do Paranoá-DF.

METODOLOGIA:
      A pesquisa é de tipo descritivo, combinando métodos quantitativos e qualitativos. Para a coleta de dados foi utilizado questionário-entrevista, com questões abertas e fechadas sobre o perfil sócio-econômico, qualidade de vida e adesão ao tratamento e terapia medicamentosa. O questionário foi baseado em instrumentos já validados na literatura. A amostra foi do tipo conveniência, com adesão voluntária por meio de termo de consentimento livre e esclarecido, envolvendo pacientes hipertensos usuários dos serviços ambulatoriais do Hospital Regional do Paranoá, e usuários hipertensos do Centro de Saúde nº 01 participantes do Programa de Atenção ao Hipertenso. Critério de exclusão relativo aos menores de 18 anos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Saúde do DF. 
RESULTADOS:
      Dos pacientes, 44,7%  são do sexo feminino e 55,3%, sexo masculino. A média de idade foi de 59,42 ± 11,83 anos. A renda média foi de 1,63 ± 1,65 salários mínimos. A escolaridade encontrada foi baixa, englobando: não alfabetizados (35,1%), ensino fuindamental incompleto e completo (56,7%). Residem no Paranoá 97,4%. A adesão ao tratamento estava regular segundo o relato de 63,2% dos pacientes, quando irregular a maioria era por dosagem inferior à prescrição. Qualidade de vida foi considerada boa por 75% dos usuários.  A última aferição de pressão arterial estava elevada em 68,4%. Houve uma taxa de não resposta de 18,5%.  
CONCLUSÃO:
Acredita-se que um maior nível de adesão ao tratamento está associado a qualidade de vida do usuário e da autopercepção do paciente como principal gerente de sua saúde. É essencial que os profissionais de saúde tenham conhecimento nessa temática em prol de um maior sucesso terapêutico. O estudo foi importante no que tange a correlação entre qualidade de vida e adesão ao tratamento.  Como perspectiva, propõe-se repetir, ampliar o estudo envolvendo outras regionais de saúde e um número maior de usuários. Ressalta-se aspectos negativos da adesão ao tratamento foram obtidos a partir de pacientes que frequentam serviço de saúde, sendo que os faltosos às consultas e os que não buscam os serviços devem apresentar resultados por mais insatisfatório.
Instituição de Fomento: CNPQ
Palavras-chave: Hipertensão, Qualidade de Vida, Tratamento.