62ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 6. Arquitetura e Urbanismo - 4. Tecnologia de Arquitetura e Urbanismo
A MORFOLOGIA URBANA E O DESEMPENHO AMBIENTAL DO SETOR BANCÁRIO SUL EM BRASÍLIA
Marianna Gomes Pimentel Cardoso 1, 2, 3
Marta Adriana Bustos Romero 3, 4, 1, 2
1. Departamento de Tecnologia em Arquitetura e Urbanismo - TEC
2. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU
3. Universidade de Brasília - UnB
4. Profª Drª / Orientadora
INTRODUÇÃO:

O micro clima atuante no setor poderia ser mais agradável se houvesse um maior distanciamento entre os edifícios, pois a ventilação seria mais adequada e não favoreceria a formação de ilhas de calor. Logo, o presente trabalho conclui que o setor possui discrepâncias quanto ao desempenho ambiental, predominando uma qualidade ruim. No entanto, os problemas gerados podem ser amenizados com um adequado projeto de revitalização que considere as variáveis ambientais, para que somente assim as pessoas que freqüentam e usam o lugar possam desfrutar de um espaço urbano melhor.

METODOLOGIA:

. Levantamento dos atributos morfológicos (relação altura/distância (w/h), compacidade, permeabilidade, orientação dos edifícios).

. Levantamento de dados específicos do conforto ambiental (medições de micro clima: ventos predominantes, intensidade da radiação atuante no entorno e insolação nos edifícios).

. Simulações de radiação e insolação com o software ECOTECT v5.20 e simulações dos ventos predominantes com o software ENVI-MET.

RESULTADOS:

Cruzando as informações das simulações dos softwares com os dados climáticos de Brasília e a medição no local, obteve-se o micro clima atuante na área escolhida. Comprovou-se que radiação varia muito durante o ano. A média de radiação total na área durante o ano é de 34400Wh, podendo chegar nos meses do inverno a 18000Wh. Todavia a quantidade de radiação atuante entre os edifícios é menor que a radiação do entorno, provando que nesta área a quantidade de calor é menor, o que caracteriza um fator positivo. Contudo, notou-se também que a conformação dos edifícios provoca sombra de vento entre os mesmos, o que favorece a formação de ilhas de calor. Sendo assim como os ventos não penetram nos espaços entre as edificações, principalmente na região de alta concentração de edifícios, a ilha de calor permanece por mais tempo, comprometendo a qualidade ambiental do setor.

CONCLUSÃO:

O micro clima atuante no setor poderia ser mais agradável se houvesse um maior distanciamento entre os edifícios, pois a ventilação seria mais adequada e não favoreceria a formação de ilhas de calor. Logo, o presente trabalho conclui que o setor possui discrepâncias quanto ao desempenho ambiental, predominando uma qualidade ruim. No entanto, os problemas gerados podem ser amenizados com um adequado projeto de revitalização que considere as variáveis ambientais, para que somente assim as pessoas que freqüentam e usam o lugar possam desfrutar de um espaço urbano melhor.

Instituição de Fomento: CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Palavras-chave: Micro Clima Urbano, Desempenho Ambiental, Urbanização Sustentável.