62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 2. Medicina - 8. Medicina
ANÁLISE HISTOLÓGICA DA INFLUÊNCIA DAS CÉLULAS-TRONCO MONONUCLEARES NA DOENÇA DEGENERATIVA DISCAL EM MODELO ANIMAL
Luiz Roberto Gomes Vialle 1
André de Oliveira Arruda 1
Emiliano Vialle 1
Ricardo Riet 1
Antônio Krieger 1
Julio Francisco 1
1. Pontificia Universidade Católica do Paraná
INTRODUÇÃO:
A doença degenerativa discal (DDD) - afecção caracterizada por alterações estruturais e bioquímicas do disco intervertebral (DIV) - tem grande importância epidemiológica, uma vez que atua desencadeando dor lombar crônica, figurando como problema de saúde pública em virtude de seus altos graus de incidência e morbidade. Diferentes estratégias terapêuticas vêm sendo utilizadas, entretanto, nenhuma apresenta resultados clínicos satisfatórios. Por sua potencial capacidade regenerativa, a terapia celular por meio das células-tronco (CT) tem figurado como esperança no combate à DDD, já que poderia atuar em passos iniciais da cascata fisiopatológica, retardando ou até revertendo os efeitos degenerativos da doença
METODOLOGIA:
Procedeu-se a cirurgia para indução da degeneração em 16 coelhos divididos em 2 grupos (G1 e G2, 8 animais em cada), sendo puncionados 3 DIVs com agulha 18G - 5mm de profundidade - e mantendo-se 3 DIVs intactos, em cada animal. Após diferentes períodos de evolução dos grupos G1 e G2 - 2 meses e 2 semanas, respectivamente - realizou-se novo procedimento cirúrgico para implante local das CT mononucleares autólogas retiradas de medula óssea nos DIVs experimentais e solução salina isotônica, nos controles. Ao fim de 2 meses de acompanhamento, procedeu-se a eutanásia e coleta de material para análise histológica. A partir de cada DIV confeccionou-se lâminas coradas por sirius-red, hematoxilina-eosina e safranina-O.
RESULTADOS:
As alterações características de degeneração - diminuição da quantidade e tamanho das células e vacúolos do núcleo pulposo (NP) e desorganização estrutural lamelar - foram observadas em todos os discos puncionados. Não se verificaram diferenças significativas entre os DIVs experimentais e controles, havendo, entretanto, uma sugestão de amenização do processo degenerativo nos que receberam a terapia celular
CONCLUSÃO:
A terapia celular com CT mononucleares autólogas não foi capaz de alterar o processo fisiopatológico da DDD em modelo animal, necessitando de novos estudos em relação ao tipo de célula a ser aplicado, necessidade de cultivo celular e momento do transplante.
Palavras-chave: CÉLULAS-TRONCO , DOENÇA DEGENERATIVA , ANÁLISE HISTOLÓGICA .