62ª Reunião Anual da SBPC
B. Engenharias - 1. Engenharia - 14. Engenharia
POLUIÇÃO DIFUSA URBANA DECORRENTE DO DESGASTE DOS FREIOS AUTOMOTIVOS: estudo de caso na sub-bacia 1 do Rio Belém em Curitiba, PR
Ellen Mayara Sottoriva 1
Carlos Mello Garcias 1
1. Pontificia Universidade Católica do Paraná
INTRODUÇÃO:
A poluição difusa é a menos conhecida dentre todos os tipos de poluição, sua origem pode ser natural ou antrópica. Por se tratar de impurezas, possuem uma dispersão maior no corpo hídrico, dificultando a quantificação e caracterização da fonte poluidora. Por meio do escoamento superficial pela precipitação da chuva, esse resíduo chega aos rios causando impactos significativos na qualidade das águas. O Rio Belém atravessa pontos importantes, como parques e áreas densamente povoadas, e o trânsito de veículos nos ambientes urbanos é muito intenso, ocasionando elevado desgaste dos freios
METODOLOGIA:
Levantamento bibliográfico, visitas em oficinas, consulta ao banco de dados da Urbanização de Curitiba, identificação de 8 pontos amostrais, sendo 4 nas águas da bacia e 4 nas ruas analisando o fluxo de veículos. Analisou-se o desgaste de duas pastilhas de uma roda em 1 veículo por 60 dias, estimando o possível desgaste de acordo com o fluxo de veículo.
RESULTADOS:
O fluxo de veículos por hora nos 4 pontos analisados foram: Ponto 1: 1290; Ponto 2: 565; Ponto 3: 144; e Ponto 4: 745. O desgaste das duas pastilhas analisadas em 1 dia foi aproximadamente 0,0035g, portanto, em 1 ano seria 1,269g. Comparado o desgaste dos freios com o fluxo de veículos nos pontos 1, 2, 3 e 4, a área que apresenta maior potencial poluidor, por causa do maior fluxo de veículos, é no Ponto 1, em 1 hora, o desgaste do fluxo de veículos foi 0,140g.
CONCLUSÃO:
É inevitável que ocorra o desgaste dos freios de veículos, senão não precisaria fazer sua manutenção e troca. Nas análises nos pontos amostrais não foi possível identificar a concentração das partículas, sugere-se que, em razão desses materiais serem insolúveis em água, com o carreamento constante, as partículas tendem a sedimentar no fundo dos rios. Portanto, as metodologias de quantificação em água não devem ser as únicas utilizadas para avaliar o potencial poluidor, tornando-se necessário a continuidade de estudos com análises mais específicas para materiais sedimentáveis.
Palavras-chave: POLUIÇÃO, FREIOS AUTOMOTIVOS, Rio Belém .