| 62ª Reunião Anual da SBPC |
| A. Ciências Exatas e da Terra - 4. Química - 4. Química de Produtos Naturais |
| AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE SEQUESTRADORA DE RADICAIS LIVRES E CARACTERIZAÇÃO FITOQUÍMICA DO DECOTO DAS FLORES DE Ocimum gratissimum L. |
| Roberta Bussons Rodrigues 1 Eveline Solon Barreira Cavalcanti 2 Agena Câmara de Paula 1 Pablito Augusto Travassos Ferreira 1 Sônia Maria de Oliveira Costa 1 Selene Maia de Morais 1 |
| 1. Laboratório de Produtos Naturais, Universidade Estadual do Ceará - UECE 2. Profa. Dra./Orientadora - Laboratório de Produtos Naturais - UECE |
| INTRODUÇÃO: |
| Atualmente existe um grande interesse no estudo dos antioxidantes devido, principalmente, às descobertas sobre o efeito dos radicais livres no organismo. A oxidação é parte fundamental da vida aeróbica e do nosso metabolismo e, assim, os radicais livres são produzidos naturalmente ou por alguma disfunção biológica. Nos últimos anos, uma quantidade substancial de evidências tem indicado o papel chave dos radicais livres e outros oxidantes como grandes responsáveis pelo envelhecimento e pelas doenças degenerativas associadas ao envelhecimento, como câncer, doenças cardiovasculares, catarata, declínio do sistema imune e disfunções cerebrais. Os antioxidantes são capazes de estabilizar ou desativar os radicais livres antes que ataquem os alvos biológicos nas células. Este trabalho tem como objetivo determinar o potencial antioxidante e a caracterização fitoquímica do decoto das flores de Ocimum gratissimum L., conhecida popularmente como alfavaca-cravo ou alfavacão. A alfavaca-cravo é uma planta medicinal, pois contém substâncias bioativas com propriedades terapêuticas como anti-séptico e expectorante. |
| METODOLOGIA: |
| A planta foi coletada no horto de plantas medicinais da Universidade Estadual do Ceará - UECE. Após a extração do óleo essencial por arraste a vapor das flores de Ocimum gratissimum L., foi retirado um subproduto do óleo essencial, o decoto que foi submetido à partição com acetato de etila que depois foi rotaevaporado. Os testes fitoquímicos foram realizados de acordo com a metodologia de MATOS, 1997. Para a avaliação do potencial antioxidante, foi utilizado o método de varredura do radical livre DPPH, no qual consiste na mistura reacional de 3,9 mL de uma solução de radical livre DPPH em metanol (6,5x10-5M) e 0,1mL da solução metanólica do extrato em várias concentrações, após 60 minutos monitorou-se a absorbância, num comprimento de onda igual a 515nm utilizando o espectrofotômetro, utilizou-se como padrão a quercetina e a análise foi realizada em triplicata. Calculou-se o índice de varredura (IV) em percentagem relacionando-o a absorbância do DPPH com a absorbância da amostra, logo após, aplicou-se os resultados no programa estatístico Oringin 7.0 e determinou-se o IV50 (concentração que inibe cinqüenta por cento do radical livre DPPH). |
| RESULTADOS: |
| A análise fitoquímica do decoto das flores da alfavaca-cravo revelou a presença de diversos constituintes químicos tais como: fenóis, flavonas, flavonóis, xantonas e saponinas. O teste para atividade antioxidante mostrou um resultado favorável, o índice de varredura inibidor de cinqüenta por cento do radical livre DPPH (IV50) para este decoto foi de 0,31 mg.mL-1, o qual foi comparado com o padrão quercetina que possui um IV50 igual 0,23 mg.mL-1. |
| CONCLUSÃO: |
De acordo com esses resultados, pode-se observar que o decoto das flores de O. gratissimum L. apresentou uma excelente atividade antioxidante, frente ao DPPH, estimulando a continuidade dos estudos para avaliar a ação antioxidante de substâncias isoladas do decoto da espécie O. gratissimum L. Podemos concluir que o método de extração do decoto favorece no que diz respeito a capturação de uma grande quantidade de compostos que inibem os radicais livres. |
| Instituição de Fomento: Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico- FUNCAP |
| Palavras-chave: Ocimum gratissimum L., Alfavaca-cravo, Antioxidante. |