62ª Reunião Anual da SBPC
F. Ciências Sociais Aplicadas - 11. Documentação e Informação Científica - 1. Documentação e Informação Científica
A RELAÇÃO DO PROGRAMA DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIBIC) COM O DESENVOLVIMENTO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS-UFAL.
PATRICIA BRANDÃO BARBOSA DA SILVA 1
ANA MARIA AQUINO DOS SANTOS 1
BERENICE CORREIA COSTA PIMENTEL 1
SANDRA NUNES LEITE 1
SÍLVIA BEATRIZ BEGER UCHÔA 1
PRISCILA BRANDÃO BARBOSA 2
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
2. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
INTRODUÇÃO:
O Brasil, desde os anos cinqüenta, vem travando grandes lutas para sedimentar um campo científico onde haja a articulação entre Universidade e Sociedade. A partir daí, agrega novos guerreiros através da disseminação dos cursos de pós-graduação e do incentivo dispensado pelas agências de fomento à pesquisa, entre as quais destacamos o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) financiado pelo CNPq, por exemplo, é o de maior propagação nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil, visto como a alavanca para o crescimento científico dessas instituições. A Universidade Federal de Alagoas (UFAL), desde a década de 90, adquiriu novos valores científicos através do PIBIC. Com base na significação da pesquisa nas IES, a atual pesquisa descreve as conseqüências da cultura da investigação, com relação à eficiência do PIBIC na UFAL, em relação a um dos seus principais objetivos que é estimular uma maior articulação entre a graduação e a pós-graduação. Semelhante análise averigua o comprometimento ideológico dos métodos científicos na formação de profissionais expectadores deste processo.
METODOLOGIA:
As melhores análises são fundamentadas por autores renomados, semelhantemente um projeto de pesquisa que se preze, tem seu alicerce fixado em indagações e suposições, os quais são subsídios incentivadores de uma investigação crítica e promissora. Destarte, a pesquisa aqui exposta é de natureza exploratória e descritiva, delineada através de levantamentos sobre a amostra, composta pelos estudantes de pós-graduação, que participam e participaram do PIBIC na UFAL. A coleta e a análise de dados procederam com base em entrevistas abertas, fechadas e observações, além disso, foram realizadas análises estatísticas segundo os avanços do número de bolsas de iniciação científica, ofertadas pelo PIBIC, e sua correlação com o número desses bolsistas que se encontram na pós-graduação. Os dados obtidos foram embasados mediante estudos de referenciais bibliográficos centrados na história da pesquisa científica no Brasil, seus paradigmas e expectativas segundo a ótica dos cursos de pós-graduação, também artigos e relatórios oriundos da instituição de ensino em análise.
RESULTADOS:
A Universidade apresenta saltos significativos no período de 2002 a 2008, no que se refere ao número de bolsas de iniciação científica, analogamente houve avanços semelhantes no número de cursos lacto sensu e também um pequeno acréscimo no número de programas strictu sensu. Atualmente no ranking nacional de bolsas disponibilizadas pelo CNPq, o estado de Alagoas ocupa o percentual de 1,30%, dos quais 89,12% destes são cotas concedidas a UFAL. Tais relatos evidenciam a correlação existente entre o PIBIC e o PPG, notório que o despertar científico é instigado por este programa e isso traz vantagens visíveis na expansão dos cursos strictu sensu, donde o número de doutores e mestres da instituição influencia significativamente na expansão de bolsas PIBIC. Constatou-se que o PIBIC possibilita o conhecimento com relação a outras áreas científicas, promove um processo de aculturação voltado à publicação e sucesso acadêmico. Por conseguinte o PIBIC demonstra ser o provocador da promissora jornada científica, em seus primeiros passos.
CONCLUSÃO:
A UFAL está conseguindo romper barreiras no âmbito educacional, considerando as propostas dos programas de pós-graduação (PPG), lançadas na academia desde o final da década de 80, e o início da década de 90, marcadas também pela implantação do PIBIC. Mediante observações dos relatórios, dados estatísticos do programa de IC e da PG da UFAL, entrevistas dos egressos do PIBIC, atuais participantes dos PPG da UFAL e de outras IES do Brasil, averiguou-se um despertar de interesse no que concerne à pesquisa científica e sua difusão no meio acadêmico. É evidente o alcance dos objetivos do PIBIC, ressaltando a importância da articulação entre graduação e pós-graduação, pois é justamente a partir dos primeiros contatos com as normas específicas do programa e sua execução na rotina acadêmica que suscita o prazer pelo conhecimento científico e sua expansão. Diante dessa realidade, a coordenação de pesquisa da universidade busca ofertar eventos com temáticas científicas, aberta ao público acadêmico em geral. Tal paradigma organizacional, adotado pelos membros da coordenação de pesquisa, tem demonstrado influência significativa nas estatísticas do número de alunos que conseguem galgar mais um título de especialização profissional, continuando a jornada científica semeada pelo programa de IC.
Palavras-chave: PIBIC, PÓS-GRADUAÇÃO, UFAL.