62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 1. Ciência do Solo
QUALIDADE E PRODUÇÃO DE MILHO VERDE EM FUNÇÃO DE VARIEDADES E DOSES DE POTÁSSIO EM ECOSSISTEMA DE CERRADO
Stéfanny Araújo Martins 1
Sandra Cátia Pereira Uchôa 1
José Maria Arcanjo Alves 1
Lindemberg de Matos Galvão 1
Raphael Henrique da Silva 1
1. Universidade Federal de Roraima
INTRODUÇÃO:
O milho destaca-se entre os cereais mais produzidos no Brasil. No entanto, o cultivo visando o seu consumo na forma de milho-verde apresenta pouca expressividade. Todavia, para os agricultores, o milho verde é uma fonte adicional de renda, pois este apresenta valor comercial superior ao milho comercializado em grãos. Para que uma plantação de milho obtenha alta produtividade e lucro requer do produtor decisões, dentre elas destacam-se: a escolha da cultivar e a melhor alternativa de manejo e adubação recomendadas para a região. O potássio é um dos nutrientes minerais que, entra em maior quantidade na síntese de massa seca vegetal. Duas funções fisiológicas ligadas diretamente à fotossíntese são atribuídas ao potássio, que são regulação do mecanismo de abertura dos estômatos e a translocação dos assimilados das folhas para os drenos da planta. É também um fator limitante quando se deseja atingir bons índices de produtividade e qualidade dos frutos.O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de cinco doses de potássio na produtividade e qualidade de espigas de milho verde de três variedades cultivadas em um Latossolo Amarelo distrocoeso em área de cerrado no estado de Roraima.
METODOLOGIA:
O experimento foi conduzido em uma área de cerrado já incorporada ao sistema produtivo em condições conservacionistas, pertencente ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Roraima, no município de Boa Vista, Roraima, nos meses de outubro de 2008 à janeiro de 2009. O solo da área do experimento é classificado como Latossolo Amarelo distrocoeso. Os tratamentos constituíram da combinação de cinco doses de potássio, 0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1 de K2O, e três variedades: AG1051, Bona verde e BM3061. O delineamento experimental foi de blocos casualizados em parcelas subdivididas, sendo as parcelas compostas pelas doses de potássio e, as subparcelas, pelas variedades, obtendo-se assim um arranjo em esquema fatorial 5x3, com quatro repetições. A adubação de plantio e as de coberturas foram estabelecidas conforme análise do solo, e feita uma cobertura uniforme da parcela com palha de arroz in natura, no volume de 72.000 L ha-1. Ao longo do cultivo foram realizadas controle de invasoras e pragas sempre que necessário. As variáveis avaliadas foram: massa da espiga com palha, massa da espiga despalhada, comprimento da espiga despalhada, diâmetro da espiga, massa média de grão por espiga, número de espigas por hectare, máxima eficiência técnica e produtividade em kg ha-1.
RESULTADOS:
Para as variáveis qualitativas da espiga obteve-se maior comprimento da espiga despalhada 21,45 cm, para a variedade BM3061, seguida da variedades AG1051 com 19,08 cm e a Bona verde com 18,10 cm. O diâmetro da espiga variou de 42,67 a 44,80 mm, sendo o maior valor obtido pela variedade AG1051. A massa média da espiga com palha variou de 250,92 a 283,57 g, destacando-se a variedade BM3061. Assim, como a maior massa de espiga sem palha foi obtido pela BM3061, com 165,67 g. Os maiores valores de massa de grão por espiga foram obtidos com as variedades AG1051 (74,98 g) e BM3061 (68,78 g), que diferiram estatisticamente da variedade Bona verde (59,13 g). Para número de espiga os valores obtidos foram: 52.753, 35.490 e 46.012 mil espigas ha-1 para as variedades AG1051, Bona Verde e BM3061, respectivamente. A variedade BM3061 apresentou o 8,8% de incremento em massa de espiga na dose de máxima eficiência técnica (105,08 kg ha-1 de K2O), sendo superior as demais. A produtividade de milho para as variedades variou de 9.165,4 a 13.881,02 kg ha-1, destacando-se a variedade AG1051.
CONCLUSÃO:
As variedades apresentaram comportamentos diferenciados, sendo a variedade Bona verde a menos promissora para as condições estudadas; Apenas a massa de espiga empalhada e a produtividade foram influenciadas pelas doses de potássio. A dose de máxima eficiência técnica variou de 97,17 a 108,64 kg ha-1 de K2O. A variedade AG1051 foi a mais produtiva e a que produziu o maior número de espigas empalhadas por hectare.
Instituição de Fomento: Universidade Federal de Roraima e CNPq.
Palavras-chave: Zea mays, Adubação potássica , Roraima.