62ª Reunião Anual da SBPC
C. Ciências Biológicas - 3. Bioquímica - 6. Bioquímica
AÇÃO ANTIOXIDANTE E CITOTÓXICA DE UMA FRAÇÃO POLISSACARÍDICA DA ALGA MARROM Sargassum vulgare
Celina Maria Pinto Guerra Dore 1
Kahena de Quevedo Florentin 1
Leonardo Augusto Rêgo de Sousa 1
Allisson Jhonatan Gomes Castro 1
Luciana Guimarães Alves Filgueira 1
Edda Lisboa Leite 1
1. Universidade Federal do Rio Grande do Norte- Depart. de Bioquímica
INTRODUÇÃO:

As algas marinhas são organismos cosmopolitas, classificadas de acordo com sua coloração em: Clorofíceas, Rodofíceas e Feofíceas. As feofíceas ou algas marrons possuem na sua matriz mucilaginosa um tipo especial de polissacarídeo denominado fucana. A principal característica deste composto é a presença da L-fucose sulfatada. As fucanas se classificam em homofucanas   e heterofucana (apresentam outros açúcares neutros e ácidos urônicos). Estes polissacarídeos são alvo de muito estudos devido a sua grande variedade de atividades biológicas, dentre as quais podemos citar: angiogênica, antitumoral, antiviral, anticoagulante, antioxidante, dentre outras. Nosso grupo isolou e purificou uma fração polissacarídica composta por uma heterofucana sulfatada do folíolo da alga marinha marrom Sargassum vulgare denominada SV1,0.

METODOLOGIA:
A amostra foi caracterizada através de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC). Para avaliação da ação antioxidante de SV1,0 foram testados em três diferentes concentrações (0.25, 0.5 e 1.0 mg) através de vários métodos. A avaliação do poder redutor das amostras se baseia na capacidade desta reduzir o íon Fe+3 para Fe+2. Outro parâmetro é a avaliação da capacidade do composto reduzir o radical DPPH. A capacidade antioxidante total se baseia na capacidade do composto gerar a redução do molibdato de amônio. A ação dos radicais livres está diretamente relacionada aos danos celulares, para isto foi avaliado a ação dos polissacarídeos frente a peroxidação lipídica. Os testes de citotoxicidade se basearam na função mitocondrial, através da incubação das células com diferentes concentações das amostras (1.0, 5.0, 10.0 e 50 µg).
RESULTADOS:

A análise de HPLC demonstrou se tratar de uma fucomanogalactana. A avaliação do poder redutor da amostra se mostrou dose dependente, tendo forte poder redutor semelhante ao do ácido ascórbico. O poder redutor do radical DPPH foi da ordem de 13,8% e a inibição da peroxidação lipídica foi da ordem de 6,7%. A amostra não se mostrou citotóxica em células mononucleares do sangue periférico.

CONCLUSÃO:

Pode-se concluir que o composto possui ação antioxidante in vitro nas concentrações testadas e não é citotóxico em células sanguíneas humanas.

Instituição de Fomento: CAPES
Palavras-chave: Alga marinha, Antioxidante, Citotoxicidade.