O sorgo representa um dos importantes suportes forrageiros para a pecuária com elevado potencial de produção de matéria verde. A partir de 2004 a produção brasileira de sorgo cresceu 390%, passando de 553.644 toneladas para 2.163.247 toneladas. Sendo que essa produtividade pode ser afetada em áreas sujeitas aos veranicos e principalmente a sazonalidade de cada região, isto é, há oferta de forragens na estação chuvosa e escassez no período seco. A grande importância econômica do sorgo tem sido muito pouco explorada ou quase que inexistente, no sentido de um conhecimento melhor na área da fisiologia e bioquímica desta espécie, nos dará uma dinâmica de manejo e melhoramento genético para o aumento da produção agrícola.  O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento do potencial hídrico e dos pigmentos fotossintéticos em plantas de sorgo submetidas à deficiência hídrica.

O experimento foi conduzido em casa de vegetação localizada no Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, PA, Brasil. Foram utilizadas sementes da variedade AG 2005. As plantas foram submetidas a dois regimes hídricos [irrigado (controle) e déficit hídrico], no qual a simulação do déficit hídrico foi à suspensão da irrigação no período de 15 dias (estresse severo) para as plantas com 15, 45 e 75 dias após a germinação.

Os resultados mostraram uma redução do potencial hídrico de -0,3 MPa, - 0,5 MPa e -0,7MPa; - 2,4MPa, -2,7MPa e -2,9MPa; - 3,2MPa; -3,4MPa e -3,8MPa para os dois tratamentos (controle e déficit hídrico) e os três estádios fenológicos (30, 60 e 90 dias respectivamente) respectivamente. Essa diminuição a baixa disponibilidade de água no solo e os diferentes estádios fenológicos, promovendo a pouca água disponível na planta, alterando seu processo metabólico.

No caso dos teores dos pigmentos fotossintéticos, podemos observar que houve uma variação nas suas concentrações, em que a deficiência hídrica provocou várias desordens metabólicas na planta, diminuindo a eficiência na utilização de carbono e aumentando a produção de etanol e lactato, causando um desbalanço e decréscimo na formação das clorofilas e carotenóides.

A degradação dos pigmentos clorofilianos está relacionada com a diminuição da síntese ou da degradação dos carotenóides, pois os carotenóides são pigmentos acessórios na absorção e transferência de energia radiante, e protetores da clorofila no processo de foto-oxidação. O estresse hídrico induz a degradação de ß-caroteno e a redução na formação de zeaxantina, produzindo diminuição no teor de carotenóides, pigmentos aparentemente envolvidos na proteção contra a fotoinibição.

A deficiência hídrica promoveu um decréscimo drástico no potencial conteúdo relativo de água nas plantas com idade de 30, 60 e 90 dias.

As plantas sob deficiência hídrica tiveram uma diminuição nos teores de clorofilas a, b, totais e carotenóides uma diminuição durante as três (03) fases do crescimento da planta de sorgo.