62ª Reunião Anual da SBPC
E. Ciências Agrárias - 1. Agronomia - 4. Fitotecnia
ESTIMATIVA DA ÁREA FOLIAR DE PITANGA (Eugenia uniflora L.) UTILIZANDO DIMENSÕES LINEARES
Lucas dos Santos Medeiros 1
José Pedro da Silva 1
Ronaldo Bernardino dos Santos Júnior 1
Jorge Luiz Xavier Lins Cunha 1
Reinaldo de Alencar Paes 1
José Antonio da Silva Madalena 1
1. Universidade Federal de Alagoas-UFAL
INTRODUÇÃO:
A pitangueira (Eugenia uniflora - Myrtaceae) é uma árvore frutífera medindo cerca de 6-12m de altura, podendo ser utilizada no paisagismo ou cultivada em pomares domésticos. Os agricultores utilizam a pitanga também pela versatilidade dos frutos que, além de serem utilizados na cosmetologia, fornecem geléias, doces, refrescos, sorvetes, licores e vinhos de qualidade apreciável. Nesse sentido a análise quantitativa do crescimento é o primeiro passo na avaliação da produção vegetal e requer informações que podem ser obtidas sem a necessidade de equipamentos sofisticados. Para tanto, a quantidade de material contido na planta toda e em suas partes, ou seja, folhas, colmos, raízes e frutos e o tamanho do aparelho fotossintetizante, isto é, área foliar, devem ser conhecidos. Uma vez que área foliar é uma característica difícil de ser mensurada, pois requer equipamentos caros ou técnicas destrutivas, torna-se muito importante à determinação de uma equação que possa estimar a área foliar das plantas a partir de valores, que podem ser obtidos de forma não-destrutiva. Como os conhecimentos sobre pitangueira são incipientes, realizou-se este estudo para determinar uma equação que permita estimar a área foliar desta espécie a partir de medidas de dimensões de comprimento e largura das folhas.
METODOLOGIA:
O trabalho foi realizado no laboratório de Engenharia da Universidade Federal Rural do SemiÁrido (UFERSA), localizada nas coordenadas geográficas de 5º 11´ 31 "de latitude Sul e 37º 20´ 40" de longitude Oeste de Greenwich, com altitude média de 18 m. O método baseou-se nas dimensões comprimento (C) e largura (L) das folhas. O comprimento foi definido como a distância entre o ponto de inserção do pecíolo no limbo da folha da extremidade oposta e a largura como a maior dimensão perpendicular ao eixo do comprimento. A área foliar (AF) foi calculada como o produto das duas dimensões, comprimento (C) e largura (L), e um fator de forma "f", como a seguir: AF = f x C x L. O fator de forma "f" foi determinado pela análise de regressão simples entre a área de uma amostra de folhas e o produto de suas dimensões. Nesse caso, a reta ajustada ao conjunto de dados possui uma equação do tipo Y = bx, em que "b" corresponde ao fator "f".  A área das folhas amostrados (200 unidades) foi determinada de forma direta, através de um integrador de área foliar LI3100 da LICOR.
RESULTADOS:

Na análise de regressão da área do folíolo com o comprimento e a largura das folhas, realizadas separadamente, observaram-se menores graus de correlação (resultados não apresentados) do que aquela realizada com o produto das duas dimensões. Pires et al. (1990), Strik e Proctor (1985), Maracajá et al (2008), testando diferentes métodos para calcular a área foliar de morangueiro, por meio das dimensões das folhas, Monteiro et al. (2005) em algodão, e Maracajá et al. (2208) em juazeiro, também concluíram que a utilização do comprimento e da largura juntos estimou melhor a área dos folíolos e folhas, respectivamente.

CONCLUSÃO:
A área foliar da pitanga pode ser estimada com boa exatidão e excelente precisão a partir das dimensões de suas folhas (AF= 0,7118xCxL).
Palavras-chave: Área foliar, Pitanga, Regressão simples.