62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 3. Saúde Coletiva - 5. Saúde Coletiva
PREVALÊNCIA DE VULVOVAGINITES EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO BAIRRO CENTRAL DE SANTA CRUZ-RN
Cayla Carolieva Fernandes Ferreira 1
Édilla Juliana de Macêdo Diniz 1
Romanniny Hévillyn Silva Costa 1
Dany Geraldo Kramer Cavalcanti e Silva 2
1. Fac. de Ciências da Saúde do Trairi - FACISA/UFRN.
2. Prof. MSc. FACISA - UFRN. Pós-Graduando - PPGEM - UFRN.
INTRODUÇÃO:
As vulvovaginites (tricomoníase, vaginose bacteriana e candidíase) constituem a afecção ginecológica mais comum da infância e adolescência, estas correspondem a toda manifestação inflamatória e/ou infecciosa do trato genital feminino, dos quais têm apresentado elevados índices de casos em mulheres em nível mundial. As mesmas são consideradas um dos problemas ginecológicos mais comuns, sendo o corrimento genital uma das 25 razões mais freqüentes pela qual a mulher procura atendimento médico. A vaginose bacteriana (VB), a candidíase vaginal e a tricomoníase são responsáveis por 90% dos casos das vulvovaginites infecciosas. A presença destas vulvovaginites é mais comum na faixa etária de 20 a 39 anos e pode levar a complicações ginecológicas e obstétricas, como doença inflamatória pélvica, celulite pós-histerectomia, endometrite pós-aborto, corioaminionite e trabalho de parto prematuro. Sob esta ótica, o trabalho tem como objetivo principal investigar e identificar a maior prevalência de vulvovaginites em mulheres assistidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no bairro central do município de Santa Cruz-RN e avaliar a freqüência destas em relação à faixa etária das pacientes atendidas.
METODOLOGIA:
O estudo epidemiológico foi do tipo exploratório, numa abordagem quantitativa e de caráter descritivo, baseado em 1.535 fichas individuais analisadas, realizado em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), no bairro central de Santa Cruz / RN. Para tanto, o instrumento utilizado para a coleta dos dados foram fichas individuais contidas nos prontuários da família da UBS em estudo. Primeiramente as informações foram catalogadas e revisadas, após esta etapa os dados colhidos foram compilados e analisados com auxílio do software Microsoft Excel, em forma de tabelas para verificação da consistência das informações de acordo com cada variável do estudo.
RESULTADOS:
O universo do estudo correspondeu a 1535 fichas individuais em (72%) são maiores de idade e 71% são do sexo feminino. Por sua vez, com relação à amostra de estudo, 90 fichas individuais (5,8%) foram encontradas DST, dos quais, identificou-se que 95% são vaginoses, respectivamente: Gardenerella (60,3%), Tricomoniase (24,1%), Gardenerella e Tricomoniase (10,3%). Observou-se também que à faixa etária de maior ocorrência correspondeu em maiores de 45 anos (29,3%), acompanhado de 18 a 25 anos (20,6%).
CONCLUSÃO:
Mediante isso, o estudo epidemiológico em análise, constatou que os maiores índices de vulvovaginites no bairro em questão correspondem a jovens adolescentes e mulheres adultas em fase reprodutiva, pois se consiste na faixa etária de maior atividade sexual, sendo mais propensos a terem múltiplos parceiros sexuais, tanto seqüencialmente quanto concomitantemente, do que relacionamentos sexuais duráveis, aumentando o risco de adquirir DSTs e conquentemente vulvovaginites. Em contrapartida, observou-se um número não tão considerável (5,8%) em relação à predominância de vulvovaginites no universo em estudo se comparado com outras DST's, porém foi de extrema importância com relação à orientação frente à educação da população, evidenciando o papel primordial dos profissionais de saúde em relação às principais condutas e esclarecimentos a cerca dos fatores de risco, modo de transmissão, agentes causadores, bem como as formas de prevenção, higienização intíma, evidenciando assim que a educação em saúde caracteriza-se por uma ferramenta fundamental na detecção precoce de tais doenças.
Instituição de Fomento: PROEX-UFRN
Palavras-chave: Vulvovaginites, Epidemiologia, Educação em saúde.