62ª Reunião Anual da SBPC
D. Ciências da Saúde - 5. Farmácia - 6. Farmácia
ANÁLISE DA EXPRESSÃO DE GENES ASSOCIADOS À MULTUPOTENCIALIDADE EM COLÔNIAS DE CÉLULAS HUMANAS TUMORAIS PRIMÁRIAS  
Marina Carvalho Sampaio 1
Andrea Barretto Motoyama 1
Silvia Taveira Elias 1
Eliete Neves S. Guerra 1
1. Faculdade de Ciências da Saúde/UnB
INTRODUÇÃO:
O carcinoma oral de células escamosas (OSCC) abrange todo tumor maligno presente na língua, glândulas salivares, gengiva, superfície da boca, lábios e outros locais orais. Tal carcinoma apresenta três formas de tratamento principais: cirurgia, radio e quimioterapia. A primeira é uma forma muito invasiva, enquanto que as duas últimas não possuem uma eficácia considerável. Ressalta-se ainda o alto número de recidiva. Tal fato levanta a hipótese de que algumas células cancerígenas continuaram no organismo na forma de células-tronco tumorais. A denominação é uma analogia às células-tronco normais, pois ambas são como células-mãe e originariam diversas outros tipos celulares. As células-tronco tumorais de OSCC não apresentam marcadores moleculares muito bem definidos e este trabalho teve por objetivo identificar alguns deles. A identificação baseia-se tanto na morfologia das células em cultura, quanto em marcadores de superfície ou em genes de expressão diferencial. A correta identificação proporciona o desenvolvimento de medicamentos específicos para a doença.
METODOLOGIA:
Isolamento e crescimento de células epiteliais: 3 biópsias extraídas de pacientes diagnosticados com OSCC foram cultivadas conforme descrito a seguir. Primeiro, as biopsias foram lavadas com solução salina, sendo então cortadas em fragmentos menores que permitisse o isolamento das células epiteliais em paraclones e holoclones. Os fragmentos advindos das biópsias foram cultivados em meio FAD, suplementado com 10% de soro fetal bovino e antibióticos. Como comparação, foi utilizada a linhagem OSCC-3, da qual extraiu-se RNA total. Este foi utilizado para a síntese de cDNA e posterior uso em reações de PCR. A expressão dos genes Notch-3 e Rex-1 (marcadores de células-tronco) foi aferida por RT-PCR semi-quantitativo. Nesses experimentos, utilizou-se GAPDH como controle.
RESULTADOS:
Das quatro biópsias utilizadas, apenas duas apresentaram qualquer sinal de crescimento quando colocadas em cultura. Contudo, antes que pudessem antingir confluência que permitisse o isolamento de clones, as células foram contaminadas com micro-organismos. Nas reações de RT-PCR, não pode ser identificada expressão dos genes marcadores de células-tronco. Como o controle tampouco apresentou amplificação, acredita-se que as condições do experimento ainda necessitem ser ajustadas.
CONCLUSÃO:
Embora a literatura científica apresente casos onde o isolamento de células-tronco tumorais foi realizado a partir de peças de pacientes, o protocolo para tal procedimento ainda precisa sofrer ajustes, que reflitam a realidade e logística encontradas em nossa realidade. Também as reações de RT-PCR precisam ser otimizadas para permitir a precisa identificação (e futuramente quantificação) das células-tronco tumorais do carcinoma oral.
Instituição de Fomento: CNPq
Palavras-chave: células-tronco tumorais, paraclones, holoclones.